Uma nova árvore, em risco de extinção, foi encontrada no Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto. A descoberta ocorreu em uma pesquisa de campo do pesquisador Danilo Alvarenga Zavatin. De acordo com o G1, o biólogo explica que ela aconteceu de forma despretensiosa, já que ele estava em busca de outra espécie, objeto de pesquisa de seu mestrado.
O estudo e classificação da espécie demorou aproximadamente um ano, pois o pesquisador a descobriu em novembro de 2022 e publicou o artigo em outubro deste ano. Assim, está disponível na revista Phytokeys.
Mollinedia fatimae
Ainda segundo o G1, a árvore leva o nome de Mollinedia fatimae em homenagem a professora Fátima Buturi, que estuda a família Asteraceae (família do girassol). Ela foi professora na graduação de Danilo, que sempre teve vontade de homenageá-la e achou a oportunidade ideal.
O risco de extinção da Mollinedia fatimae foi caracterizado como “criticamente em perigo”, ou seja, existe um perigo extremamente alto da espécie ser extinta na natureza.
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Parque Estadual do Itacolomi
Segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Ouro Preto, o Parque Estadual do Itacolomi é uma Unidade de Conservação, criada em 1967 e protegida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). A atração mais emblemática é quem dá nome ao parque: o Pico do Itacolomi. Com 1.772 metros de altitude, essa formação rochosa distinta está em diferentes pontos do Centro Histórico de Ouro Preto, sendo um cartão postal da cidade.
No passado, durante a Corrida do Ouro, serviu de referência para os bandeirantes que exploravam a região. A explicação para seu nome tem origem na língua tupi. “Ita” significa pedra, e “kurumí”, menino. Assim, o nome significaria algo como “pedra menino”.
Sendo assim, o Parque possui uma área de 7.543 hectares de matas onde predominam as quaresmeiras e candeias ao longo dos rios e córregos. Nas partes mais elevadas, aparecem os campos de altitude com afloramentos rochosos, onde se destacam as gramíneas e canelas de emas. Abriga muitas nascentes, escondidas nas matas, que deságuam, em sua maioria, no rio Gualaxo do Sul, afluente do rio Doce. Os mais importantes são os córregos do Manso, dos Prazeres, Domingos e do Benedito, o rio Acima e o ribeirão Belchior.
Diversas espécies de animais raros e ameaçados de extinção estão na unidade de conservação, como o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira (ave migratória). Também há espécies de macacos, micos, tatus, pacas, capivaras e gatos mouriscos. Levantamentos identificaram mais de 200 espécies de aves, como jacus, siriemas e beija-flores.
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Jornalista em formação pela Universidade Federal de Ouro Preto. Fascinada pela arte da comunicação e seus desdobramentos. Estagiária no Jornal Galilé e na Rádio Real FM.
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