Belo Horizonte se prepara para viver um dos fins de semana mais aguardados do ano: nos dias 23 e 24 de agosto, a cidade recebe a 10ª edição da Virada Cultural, evento que transforma o hipercentro em um grande palco a céu aberto com mais de 300 atrações gratuitas ao longo de 24 horas ininterruptas.
A iniciativa, realizada pela Prefeitura de BH em parceria com instituições culturais e empresas privadas, celebra uma década de história consolidando-se como um dos maiores festivais urbanos do país. A expectativa é reunir milhares de pessoas em shows, performances e atividades que valorizam a diversidade artística e a ocupação dos espaços públicos.
Entre os pontos de destaque da programação está o Palco Sesc Praça da Estação, que traz encontros musicais de peso, como o show “Afrossinfonicidade”, em que Carlinhos Brown se une à Orquestra Ouro Preto. O mesmo espaço também recebe apresentações de artistas populares como Fat Family, Israel & Rodolffo, Sidoka e o grupo Olodum, que celebra 40 anos de trajetória.
Já o Palco Viaduto Xeque Mate promete ser o território da música urbana, com funk, rap e hip-hop ocupando a cena. A programação inclui batalhas de rima, DJs e nomes que representam a potência criativa das periferias. No Palco Guaicurus, o público vai conferir desde performances de rua até o tradicional desfile do Bloco Swing Safado, além de espetáculos que misturam música e teatro.
No Parque Municipal, a diversidade também marca presença. O Palco Gramado reúne artistas da MPB, samba e jazz, enquanto o Palco Chico Nunes BH+Feliz terá programação dedicada a novas vozes e coletivos culturais. Outros espaços do parque abrigam teatro, cinema, literatura, dança e atividades para o público infantil.
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O já tradicional Viradão Gastronômico integra a programação e envolve 25 bares e restaurantes do hipercentro, oferecendo pratos e petiscos a preços acessíveis, com valor máximo de R$ 20. A proposta une cultura e gastronomia, valorizando tanto estabelecimentos históricos quanto novos representantes da cena culinária da capital reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa da Gastronomia.
Mais do que um festival de música, a Virada Cultural reforça seu caráter social e sustentável. Projetos como o Banho de Amor, que oferece cuidados a pessoas em situação de rua, e o The Street Store, que promove doações de roupas em formato de loja a céu aberto, fazem parte da programação.
No campo ambiental, a ação Recicla Belô contará com a participação de 120 catadores e tem meta de recolher cerca de cinco toneladas de recicláveis durante o evento. O Greenpeace também estará presente com oficinas e a “Árvore de Mensagens”, conectando público e ativismo socioambiental.
Para garantir a tranquilidade do público, a Prefeitura de BH montou uma operação especial de trânsito e transporte. Linhas do MOVE e do transporte coletivo terão reforço durante a madrugada, e aplicativos de tráfego como Waze e Google Maps indicarão os desvios nas vias interditadas. Além disso, o Centro Integrado de Operações vai monitorar em tempo real o evento por meio de quase cinco mil câmeras espalhadas pela cidade.
Segundo a secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a Virada representa “um encontro da cidade consigo mesma, onde a arte ocupa as ruas e reafirma a identidade coletiva dos belo-horizontinos”.
Com palcos distribuídos em pontos simbólicos como a Praça da Estação, Viaduto Santa Tereza, Praça Raul Soares, Rua Sapucaí e Parque Municipal, a Virada Cultural BH 2025 promete oferecer um mosaico de experiências para públicos de todas as idades e gostos.
Veja a programação completa do evento.
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Graduanda em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e O Mundo dos Inconfidentes.
