Servidores da segurança preparam ato contra Zema após frustração com reajuste

Servidores da segurança preparam ato contra Zema após frustração com reajuste

O Governo de Minas Gerais confirmou que não haverá reajuste salarial para os servidores da segurança pública em 2025. Durante audiência pública na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (13), representantes da categoria reagiram com indignação às declarações do secretário de Estado de Fazenda, Luiz Claudio Fernandes Lourenço Gomes, que reconheceu avanços no equilíbrio fiscal, mas apontou limitações financeiras para a concessão de aumentos.

Os dados apresentados pela Secretaria de Fazenda indicam que o governo conseguiu manter o gasto com pessoal em 48,52% da receita corrente líquida, próximo ao limite de 49% imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Apesar dessa contenção, o percentual ainda está acima do patamar prudencial de 46,55%, o que, segundo o Executivo, restringe a margem para reajustes.

O secretário reforçou que a valorização dos servidores depende da melhora gradual das finanças estaduais, destacando o esforço do governo em normalizar o pagamento de salários e reduzir o endividamento desde 2019. Ele citou o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados com a União (Propag) como um dos caminhos para estabilizar as contas públicas.

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Na audiência da Comissão de Segurança Pública, as explicações do governo foram recebidas com forte insatisfação. Representantes sindicais dos servidores da segurança pública afirmaram que a categoria está esgotada e que o auxílio-alimentação oferecido não atende às perdas acumuladas. Diante da ausência de um índice de reajuste, lideranças do setor anunciaram um protesto para o dia 28 de outubro, na Praça Carlos Chagas, em Belo Horizonte.

O ato, segundo as entidades, pretende reunir servidores de todas as forças de segurança, incluindo policiais civis, militares, penais e bombeiros, para cobrar do governo estadual uma política salarial mais justa e a recomposição dos quadros de pessoal. Além das reivindicações financeiras, os servidores afirmam que o efetivo é insuficiente e que o acúmulo de trabalho tem levado ao adoecimento de profissionais em diversas regiões do estado.

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