O preço do aluguel em Mariana é pauta de discussão em diversos setores da população da cidade. Instituições como a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e a Câmara Municipal entraram com força na busca de contrapartidas das mineradoras, acusadas de serem as causas do desiquilíbrio do mercado imobiliário. Em uma reportagem do jornal O Tempo, moradores denunciaram um aumento de mais de 200% no valor da moradia.
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Em março deste ano, Matheus Henrique de Faria Pereira, diretor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP apresentou um estudo que afirma que em 2021, em que a universidade registrou uma taxa de abandono de 21%. Isso representa um aumento de quase 91%. Com isso, para contornar o problema, a UFOP solicitou o debate acerca de algum subsídio ou aluguel social para os alunos.
Na reportagem do Tempo, Matheus afirma que a instituição de ensino superior fez uma proposta para as mineradoras custearem 270 bolsas para os alunos, com cerca de R$ 500, durante os quatro a cinco anos do curso. Para ele, isso poderia amenizar a situação dos estudantes.
Contudo, o problema do aluguel em Mariana não dói apenas no bolso dos alunos da UFOP. Toda a sociedade marianense se vê prejudicada pelo aumento nos últimos anos. Por conta disso, o legislativo se movimenta no sentido de buscar contrapartidas das mineradoras. A instituição criou, uma comissão para acompanhar e elaborar relatórios sobre os preços praticados no mercado imobiliário do município.
Em paralelo a isso, algumas instituições e organizações se movimentam no sentido de trazer para a discussão propostas para findar essa questão. É o caso da Associação Nossa Casa, que teve sua constituição no começo deste mês.
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A Associação tem como ponto de partida a discussão sobre os preços exorbitantes dos aluguéis em Mariana e os problemas que isso causa na população, como, por exemplo, as ocupações irregulares. claro que vê como grande causa dos problemas de Mariana a atuação das mineradoras na cidade. Pela necessidade de um contingente de funcionários, as empresas criam uma demanda fora do habitual, desiquilibrando o mercado imobiliário. Para combater, eles apresentam essas propostas:
- CONSTRUÇÃO DE UMA REDE HOTELEIRA
- CRIAÇÃO DE UMA SECRETARIA DE HABITAÇÃO
- COBRAR A PREFEITURA PARA QUE PARE DE ALUGAR PRÉDIOS
- CONSTRUÇÃO DE MORADIAS ESTUDANTIS
- CRIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE HABITACIONAL MUNICIPAL
- REAJUSTAR E AMPLIAR ALUGUEL SOCIAL
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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