A Pedreira Irmãos Machado, localizada no distrito de Amarantina, convidou a população para a reunião para realização do diagnóstico socio-ambiental participativo. O encontro entre empresa e comunidade está marcado para amanhã, sábado (18), às 9h, na Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo. Em contrapartida, o Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (CODEMA), enviou, a pedido da população do distrito, um ofício que questiona a realização do evento.
O documento, elaborado conforme reivindicações da Frente Popular de Defesa de Amarantina, pontua os seguintes questionamentos com relação ao evento:
- O Programa de Educação Ambiental-PEA não estaria sendo elaborado observando as normas da DN 214/2007 do COPAM.
- Há questões graves ligadas à realização do PEA nos últimos anos, “já informadas a empresas e autoridades”.
- As lideranças de Amarantina e a própria Frente não receberam convite formal para o evento.
- “O dia a e hora da reunião firmado pela empresa não foi acordado e não é compatível com o trabalho de muitos moradores interessados, impossibilitando essas pessoas de participarem”.
- Esse tipo de evento pode ser utilizado de maneira indevida, servindo-se do conjunto de fotos, releases e assinaturas em listas de presença para conferir um falso respaldo da sociedade à iniciativa.
É importante ressaltar que o objetivo do programa de Educação Ambiental – PEA é proporcionar ações de educação ambiental à população residente na área de influência do empreendimento. Visando aumentar o nível de conhecimento e proteção ambiental dos ecossistemas regionais. Bem como, maximizar benefícios ambientais, necessários para a conservação, proteção e preservação do meio ambiente.
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Moradores de Amarantina e Codema cobram diálogo
Por consequência, o CODEMA entende que todo esse processo envolve diferentes instâncias governamentais, empresas e a sociedade do distrito e adjacências. E pela gravidade da situação, este não pode ser um assunto conduzido “a letra fria das leis e das normas”, conforme o documento. O documento ressaltou, também, que os impactos causados aos moradores, e denunciados ao longo dos anos, devem ser considerados pela empresa responsável.
“Assim sendo, vimos manifestar à Pedreira Irmãos Machado a nossa profunda preocupação com o clima detectado nas relações da empresa com a sociedade local. Não adianta cumprir a lei e promover um diálogo que só considera valores, interesse e procedimentos ditados pela empresa. O diálogo, para ser real, efetivo e considerado, tem que ser pleno, verdadeiro e sem limitações”, advertiu o CODEMA.
Nesse sentido, o Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente, considera “esquisito” a apresentação de um plano sem diálogo com a população:
“Trocando em miúdos, o CODEMA entende que é esquisito discutir um Plano de Educação Ambiental sem ouvir e responder questionamentos feitos pela comunidade há anos, com denúncias diversas ligadas a agressões ambientais e desrespeito a cidadãos”, aponta o documento.
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Jornalista formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Atua na Real FM pela editoria de esportes e é apresentadora do Papo de Bola (Escola da Bola) e da Live Jay Sports.