A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou uma audiência pública terça-feira (13), para discutir os impactos da privatização da BR-356. O Deputado Leleco Pimentel (PT-MG) destacou a insatisfação dos parlamentares, prefeitos, vereadores e outras lideranças dos municípios afetados pelo Lote 7 do programa de concessão, que diz respeito a região dos Inconfidentes.
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Em entrevista à Rádio Real, Leleco expressou sua preocupação com a proposta de privatização, afirmando que o governo está transferindo a responsabilidade pelas rodovias para a iniciativa privada.
“Além disso, há denúncias de que o governo tem negligenciado a manutenção das estradas, resultando em condições precárias, cheias de buracos. Agora, surge uma proposta mirabolante de transferir a responsabilidade para a iniciativa privada, permitindo que eles estabeleçam os valores dos pedágios. O governador está propondo esses quatro pedágios, o que leva à perda de direitos para nossa população. Por esse motivo, foi marcada uma audiência pública em Cachoeira do Campo, onde mais de 3.000 trabalhadores dependem diretamente dessas rodovias. É necessário que o povo se revolte e denuncie essa situação. Nós, representantes do mandato, Leleco e Padre João, estamos unidos para lutar contra essa crueldade do governador Zema. Não deixaremos que esse pedágio e essa proposta de rodovia sejam abandonados. Precisamos fazer o governador repensar essa medida”, disse Leleco à Real.
Na audiência na ALMG, estiveram os representantes do poder público das cidades da região que é perpassada pela BR-356. Por Itabirito, esteve presente o prefeito Orlando Caldeira, já representando os prefeitos de Mariana e Ouro Preto estiveram respectivamente o secretário de Cultura, Cristiano Vilas Boas e o secretário de segurança e trânsito Juscelino Gonçalves.
Em suas redes sociais, Vilas Boas relata sua participação em uma Audiência Pública, questionando que ao longo dos 190,3 km do trecho serão instalados quatro pedágios, com valores estipulados em R$ 14,51 em Nova Lima, R$ 11,71 em Ouro Preto, R$ 11,24 em Acaiaca e R$ 6,58 em Ponte Nova. Ele ressalta que essa medida afetará consideravelmente a população da região, especialmente pacientes que necessitam de tratamento de saúde em Belo Horizonte e estudantes, além de impactar o turismo nas cidades históricas da região, que são um importante roteiro turístico em Minas Gerais.
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“Junto ao prefeito de Itabirito, @orlandoacaldeira, e ao prefeito de Ouro Preto, @angelooswaldo.op, representado pelo secretário Juscelino Gonçalves, representei o prefeito de Mariana, @edsonagostinho_leitao, na Audiência Pública realizada pela Assembleia de Minas para debater o pedágio que o governo de Minas quer implantar entre Belo Horizonte e nossa região. Ao longo de 190,3 km serão quatro pedágios: em Nova Lima, cobrando R$ 14,51; em Ouro Preto, de R$ 11,71; em Acaiaca, de R$ 11,24; e em Ponte Nova, de R$ 6,58. Assim, o motorista pagará cerca de 50 reais de pedágio na viagem de ida e volta de Mariana a BH, 25 reais para ir e 25 para voltar. Isso afetará enormemente nossa população, principalmente os pacientes que precisam fazer tratamento de saúde em Belo Horizonte e os estudantes, além de afetar também o turismo do principal roteiro turístico de Minas, que são as cidades históricas da nossa região. Vamos solicitar o apoio do Governo Federal nessa luta, através do Ministro dos Transportes, @renanfilho15. Muito obrigado @dep_lelecopimentel pelo convite para participar da Audiência! 🤝”, disse Cristiano em suas redes.
MAIS SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE OS PEDÁGIOS NA BR-356
A maioria dos representantes políticos e líderes de comunidades dos 11 municípios afetados pelo Lote 7 do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo de Minas demonstraram insatisfação em relação ao projeto de concessão da BR-356, MGs 262 e 329.
O presidente da comissão, deputado Marquinho Lemos, ressaltou que a arrecadação estimada diária apenas no trecho de Belo Horizonte a Itabirito é de R$ 147 mil, o que gerou críticas sobre a alta cobrança e a falta de melhorias significativas nas estradas.
Alguns parlamentares argumentaram que o modelo de concessão foca na arrecadação e beneficia principalmente as mineradoras, enquanto a população terá que arcar com os custos dos pedágios. Também foram levantadas preocupações sobre a falta de melhorias efetivas nas estradas, a atuação das concessionárias e a possibilidade de grandes fundos de investimento saírem antes do prazo determinado nos contratos.
A representante do governo, Fernanda Gonçalves, explicou que os valores dos pedágios ainda serão alterados após a consulta pública. Ela defendeu o modelo de concessão adotado pelo governo, destacando a necessidade de investimentos para a manutenção e melhoria das rodovias. Na audiência na ALMG, ela revelou que a duplicação de trechos da BR-356 e a implementação de medidas de segurança estão previstas no projeto.
No total, o programa de concessões rodoviárias em Minas abrange mais de 30 mil km de rodovias, sendo 2.700 km objeto dos contratos. O governo pretende investir bilhões de reais nos primeiros anos para recuperação do pavimento, instalação de dispositivos de segurança e implantação de serviços aos usuários.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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