Banda do Alto da Cruz apresenta espetáculo em homenagem ao Cazuza no dia do rock

Banda do Alto da Cruz apresenta espetáculo em homenagem ao Cazuza no dia do rock

A Associação Musical Senhor Bom Jesus das Flores, mais conhecida como Banda do Alto da Cruz, se apresenta neste sábado às 19h30 no estacionamento do Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo como repertório as músicas do Cazuza. Um evento gratuito, dentro das programações do Festival de Inverno de Ouro Preto. O projeto consiste em uma homenagem a diversos ícones compositores de grandes sucessos sendo eles nacionais ou internacionais. Esse projeto entrega resultado com a difusão do trabalho da banda de música além de suas apresentações de repertorio “bandistico” levando ao publico arranjos voltado para a interpretação da banda e uma nova roupagem no arranjo do artista que será interpretado. O projeto será celebrado com o concerto temático recheado de músicos convidados para junto da banda apresentar as canções do compositor/artista que será homenageado.

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Banda do Alto da Cruz

Também chamada de Banda das Flores ou Banda do Alto da Cruz, esta corporação musical nasceu para abrilhantar as festividades religiosas, cívicas e outras. Após a reedificação da Capela do Senhor Bom Jesus das Flores no Taquaral, em 1932. Para organizar a Banda, o Sr. José Godinho dos Santos convidou alguns músicos da cidade, pessoas que tinham algum conhecimento musical e jovens para se iniciarem como aprendizes. Os primeiros instrumentos foram adquiridos através de compra em antigas bandas musicais extintas, e para mestre foi convidado o Sr. Vicente Aniceto, músico militar, trombonista e trompetista do 10º Batalhão de Caçadores de Ouro Preto. A hierarquia entre os músicos advém da organização militar, pois muitas corporações tiveram como mestres os músicos que atuavam em regimentos militares instalados em diversas cidades do interior de Minas Gerais. Tal como as demais bandas, a Sociedade Musical é registrada como sociedade civil de caráter filantrópico, e se mantém com quantias resultantes de tocatas e apresentações em festas religiosas, retretas e festas populares e no município e demais localidades do estado de Minas Gerais.

Cazuza – Agenor de Miranda Araújo Neto

Nasceu no Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 e faleceu em 7 de julho de 1990, conhecido pela alcunha de Cazuza, foi um cantor, compositor, ator, poeta e letrista brasileiro. Teve uma certa dificuldade para descobrir que seu caminho era a música. Antes de fazer sucesso, foi funcionário da Som Livre, fez cursos de fotografia e trabalhou em peças teatrais. E, foi exatamente em um espetáculo teatral, “Pára-quedas do coração” que se viu fazendo o que queria: cantar. Em 1981 encontrou-se com as pessoas que viriam a ser companheiros de estrada. Conheceu Roberto Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi (guitarra, baixo, teclados e bateria, respectivamente) que estavam procurando um vocalista para a banda Barão Vermelho que, nesta época, ainda não tinham um trabalho próprio. Surgia aí a grande banda Barão Vermelho. Inicialmente conhecido como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho, na qual fez bem sucedida parceria com Frejat, posteriormente seguiu carreira solo, sendo aclamado pela crítica como um dos principais poetas da música brasileira.

Graças ao pai presidente da gravadora Som Livre, Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nomes da música brasileira, tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueira Rita Lee, para quem chegou a compor a letra da canção “Perto do fogo”, que Rita musicou. E já 1972, de férias em Londres, Cazuza conheceu as canções de Janis Joplin, Led Zeppelin e Rolling Stones, dos quais também tornou-se um grande fã. Além de todos esses nomes a sua própria mãe Lucinha era cantora e chegou a gravar 03 discos.

Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano ele começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravaria anos depois. Ezequiel Neves, que trabalhou com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza. Em outubro de 1985, foi internado para ser tratado por uma pneumonia. Cazuza exigiu fazer um teste de HIV, do qual o resultado foi negativo. Então em novembro de 1985, foi lançado o primeiro álbum solo, Exagerado. Dois anos depois, em 1987, Cazuza lançou Só Se For a Dois. Entre 1988 e 1989, o cantor lançou outros dois álbuns, O Tempo Não Para (1988) e Burguesia (1989) — este último gravado por Cazuza já debilitado, em decorrência do vírus HIV, descoberto no mesmo ano em que o disco foi lançado.

Então em 1989 revelou ser soropositivo, termo usado para descrever a presença do vírus HIV, causador da AIDS. Nos últimos períodos de vida, Cazuza fez um segundo tratamento em Boston e retornou ao Rio de Janeiro. Morreu em 07 de julho 1990, aos 32 anos, no seu apartamento em Ipanema. Com uma voz única e um talento inigualável, o artista brasileiro deixou um legado poético que transcende gerações. Suas letras atemporais ecoam verdades universais, provocando reflexões sobre a existência e a arte.

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