De acordo com especialistas do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, a presença de um tumor, em qualquer órgão do corpo, inspira cuidados, principalmente quando está alojado no cérebro. Esse é o caso do adenoma hipofisário produtor do hormônio prolactina, também conhecido como prolactinoma, comum entre mulheres jovens.
Ela é uma lesão benigna (não cancerígena) que corresponde a 50% de todos os casos do gênero diagnosticados no Brasil, e embora não tenha uma causa definida para o seu aparecimento na base do crânio, onde fica alojada a importante glândula pituitária (hipófise), sua presença pode comprometer o equilíbrio hormonal do organismo e também a qualidade de vida do indivíduo, caso não seja detectada rapidamente.
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Segundo o neurocirurgião e coordenador da Residência Médica em Neurocirurgia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE), Renato Campolina, o prolactinoma tem maior prevalência em mulheres com idade entre 25 e 44 anos, com uma proporção de 5:1 a 10:1 em relação aos homens. “São tumores que promovem o aumento excessivo do nível do hormônio prolactina, essencial para a produção do leite materno”, explica.
Nas mulheres, esse desequilíbrio hormonal remete a sintomas como secreção de leite pelas mamas fora do período de amamentação (galactorreia), irregularidades menstruais, infertilidade, redução da libido e excesso de pelos no corpo.
Entre os homens, a presença de um prolactinoma pode causar problemas como diminuição da libido e disfunção erétil, na maioria dos pacientes e sintomas como infertilidade e aumento das mamas podem aparecer em casos específicos.
“Em ambos os sexos, dores de cabeça e alterações visuais – devido à proximidade da hipófise com o nervo ótico – são bastante comuns. O diagnóstico de prolactinoma é bem específico e inclui exame de sangue para medir os níveis de prolactina e realização de ressonância magnética no cérebro para detectar a presença do tumor”, detalha.
O tratamento para esse tipo de problema varia. Para tumores com até 10 mm, há indicação de medicamentos específicos que reduzem o tamanho da lesão e a concentração da prolactina no organismo. Quando não alcança resultados positivos com essa terapia, ou existe compressão das estruturas cerebrais, a cirurgia (transesfenoidal) é a mais indicada. Outro recurso disponível é a radioterapia, para casos nos quais não é possível fazer a remoção cirúrgica e/ou que não respondem ao tratamento clínico.
O neurocirurgião Renato Campolina informa que, por não haver uma causa conhecida, não há como prevenir o aparecimento desse tipo de tumor. “No entanto, os sinais devem ser observados. Se o indivíduo sente dores de cabeça, alterações visuais ou tem experimentado problemas hormonais, é importante procurar um médico o quanto antes”, recomenda.
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Estudante de jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto e estagiária no Jornal Geraes e na Rádio Real FM.

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