Na quarta-feira, 8, o Centro de Referência e Acolhimento (CRA) LGBT+ de Ouro Preto se tornou ponto fixo de testagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A iniciativa foi possível devido a uma importante parceria entre a Prefeitura de Ouro Preto e o projeto de extensão Previna, da Universidade Federal de Ouro Preto.
Na ocasião, além do início dos testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite B e C, houve uma roda de conversa sobre Profilaxia Pré-Exposição (PREP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
Segundo a professora da Escola de Farmácia da UFOP e coordenadora do Projeto Previna, Isabela Neves, a Organização Mundial da Saúde estabelece uma meta de que cada município teste, no mínimo 10% da população, por ano, para as ISTs citadas acima, como estratégia de controle e prevenção. “O ponto fixo de testagem é essencial, pois cria vínculo e fluxo com a população. Estamos aqui não pelo motivo de existir grupo de risco, isso precisa ser desmistificado. O CRA LGBT+ está bem localizado, tem estrutura e também tem a função de acolhimento”, ressalta a professora.
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Após o exame, todos passam pelo aconselhamento pós-teste e os devidos encaminhamentos. “O acesso à saúde é um dos principais desafios da população LGBT+. No diagnóstico feito em 2021, os dados revelam que 25% da população da LGBT+ de Ouro Preto nunca tinha acessado uma Unidade Básica de Saúde, pelo receio de passar por LGBTfobia”, ressalta Victor Pinto, diretor de Promoção Social.
Os interessados em realizar o teste rápido, podem comparecer ao CRA LGBT+, que fica localizado na Rua Barão de Ouro Branco, 82, no bairro Antônio Dias, das 8h ao meio-dia, às quartas-feiras, e apresentar documento de identificação com foto. Não é necessário agendar, ter pedido médico nem fazer preparo, como o jejum.
O CRA LGBT+ é mantido pela Prefeitura de Ouro Preto, e vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.
Texto: Juliana Rodrigues / Revisão: Victor Stutz
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