E o saldo do Festival de Popularização do Teatro de Ouro Preto não poderia ser mais positivo. Para além do impacto cultural dos três dias de evento, os números oficiais divulgados pela organização mostram que mais de 50 mil pessoas assistiram as peças exibidas, sendo 15 mil presencialmente – tanto na Casa da Ópera quanto no palco da Igreja Nossa Senhora do Carmo- e 35 mil online. Os dados dão a dimensão da força do teatro popular.
E concomitantemente aos espectadores, o retorno financeiro do Festival também agradou os organizadores. Estima-se que o evento gerou uma movimentação de mais de R$ 2 milhões de reais para a cidade de Ouro Preto. Nesse sentido, com a preocupação de retornar para a cidade, a organização fez questão contratar 95% dos fornecedores nativos, ou seja, de mão de obra ouro-pretana.
Com mais de 200 pessoas envolvidas diretamente na produção, o Festival Pop de Teatro de 2024 marca um importante momento da história ainda recente, porém extremamente promissora da parceria entre Enquanto Isso em Ouro Preto, Holofote Cultural e Prefeitura de Ouro Preto.
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ACESSIBILIDADE: UMA PREOCUPAÇÃO QUE TRAZ POTENCIALIDADE
Um dos pontos mais interessantes desta edição do Festival de Popularização do Teatro de Ouro Preto foi a preocupação com a acessibilidade. Todas as peças tiveram tradução simultânea em libras, um espaço reservado para pessoas com deficiência e mais ações específicas.
Thalez Lopes, que é deficiente visual, e Cintia Soares, que tem limitação motora e utiliza cadeira de rodas, compartilharam suas experiências no Festival. Thalez destacou a importância da inclusão “Foi o primeiro evento que eu fui em Ouro Preto com essa estrutura. Também fui notei que havia materiais em Braille, o que foi positivo”.
Cintia por sua vez destacou que ainda existem melhorias no sentido de pensar um lugar físico específico para cadeirantes e pessoas com limitações físicas. Contudo, o valor de uma arte acessível é inestimável e deve ser destacado, ” É importante que eventos culturais gratuitos como este reúnam artistas que conhecemos e admiramos, tornando a cultura acessível para todos, especialmente no interior. Gostei muito desta edição do festival, é minha segunda vez assistindo a peças teatrais e meu primeiro dia lindo no festival. Espero que haja mais iniciativas assim e que a inclusão seja sempre priorizada nos espaços culturais”, destacou Cintia.
Um dos organizadores do Festival, Gilson Martins, destacou a potencialidade do Festival.
“Assim como brincou Pedro Bismarck, veio o rádio e o teatro não acabou, depois a televisão e agora a internet. O teatro continua forte e observamos isso no Festival de Popularização do Teatro, que trouxe desde criança a idosos tendo o primeiro contato com essa arte. É lindo ver um idoso vendo uma caixa de lambe lambe, ou uma criança se emocionando assistindo um espetáculo. Esse é o objetivo do Festival, democratizar o acesso para as pessoas das periferias que acreditavam que a Casa da Ópera não era a sua casa. Por isso, neste ano nós investimos na acessibilidade, com espaço reservado para cadeirantes, interprete de libras, apostila em braille e, como novidade, uma monitora com formação em terapia ocupacional e especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, afirma Gilson Martins, da Holofote Comunicação e Cultura.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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