No dia 25 de novembro, a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) completará 55 anos. Por mais de cinco décadas, a Fundação vem contribuindo com a difusão, formação artística e técnica. Além disso, realiza um trabalho voltado à preservação do patrimônio de Minas Gerais e do Brasil.
Pela primeira vez em sua história, a instituição possui sede em duas cidades, além de Ouro Preto. A primeira foi inaugurada em Paracatu, em 2021, e a mais recente, em outubro deste ano, em Guaxupé, sendo instalada no edifício histórico onde funcionou a antiga cadeia pública. Mais quatro localidades vão sediar as atividades da Faop em 2024: Belo Horizonte, no Circuito Liberdade; Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH; Congonhas; e Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto.
Uma cadeia transformada numa fundação de arte que terá como objetivo promover a educação e a formação artística. Isso significa muito, representa um sonho antigo da cultura, que reúne demandas de toda a comunidade. O objetivo é descentralizar, levar artes e escolas também para o interior. Quando a Faop vai para o interior, leva Ouro Preto, leva a mineiridade e abraça as Gerais”
celebra o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.
Trajetória da Faop
De acordo com a Agência Minas, portal do Governo Estadual, o primeiro curso de formação de conservadores e restauradores de todo o país foi oferecido pela Faop. Desde 2021, esse conhecimento tem chegado a mais cidades mineiras, a partir das ações de descentralização empreendidas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Faop, em parceria com os municípios.
A Faop é uma das instituições públicas de arte e educação mais importantes do nosso país. Neste momento em que comemoramos 55 anos, consolidamos os valores, as missões que a instituição leva por mais de meio século. Agora trabalhamos ainda mais pela descentralização, para que nossa Fundação de Arte de Ouro Preto seja, de fato, de todos os mineiros”
declara o presidente da Faop, Jefferson da Fonseca.
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Ainda de acordo com o Governo Estadual, ao descentralizar suas ações, a Faop contribui para ampliar o acesso à educação, à cultura, e estimular a qualificação profissional, o que assegura a existência de técnicos aptos a lidar com o grande acervo de patrimônio existente no estado. Além disso, a iniciativa cria oportunidades de geração de emprego e renda.
A Faop restaurou mais de 2 mil obras desde 2002, e, entre 2021 e 2023, desenvolveu ações em 80 municípios de todas as regiões do estado, chegando a mais de 40 cidades apenas em 2023. De 2019 até o presente, o Governo do Estado investiu R$ 16 milhões na Fundação.
Cursos livres
Além do Técnico em Conservação e Restauro, a Faop, por meio do Núcleo de Arte e Ofícios, oferece 45 cursos livres, como musicalização, artes plásticas, violão, cerâmica, desenho, bordado, estamparia, xilogravura, encadernação artesanal, entre outras. São aulas gratuitas, abertas à comunidade e para diferentes faixas etárias. Em Ouro Preto, a unidade recebe cerca de 300 alunos por semestre e já formou 7.200 pessoas nos cursos livres nos últimos 12 anos.
O Núcleo de Arte também realiza o projeto Sextas Abertas desde 2016. Uma vez por mês a unidade abre suas portas com uma programação diversa, com oficinas, shows, rodas de conversa, pintura ao vivo e outras atrações culturais. Ademais, há também a Galeria de Arte Nello Nuno, um espaço dedicado a exposições gratuitas.
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Jornalista em formação pela Universidade Federal de Ouro Preto. Fascinada pela arte da comunicação e seus desdobramentos. Estagiária no Jornal Galilé e na Rádio Real FM.
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