Mais de 22 mil torcedores que acompanharam Atlético e Mirassol pelo Campeonato Brasileiro, no sábado (27), na Arena MRV, participaram de um momento especial no Dia Nacional de Doação de Órgãos. O MG Transplantes levou para o campo os gandulas exibindo a faixa “Doe órgãos, doe vida” e também exibiu no telão o vídeo da campanha Setembro Verde.
A iniciativa contou ainda com a presença de pessoas que receberam transplantes e de pacientes que aguardam na fila por um órgão. Eles assistiram ao jogo e puderam conhecer jogadores do Atlético no Encontro com Ídolos promovido pelo Instituto Galo.
Entre os convidados estava Maria Alice Figueiredo Camargos, de 14 anos, conhecida como “Maria Corajosa”. Transplantada de coração aos 6 anos, ela celebrou oito anos de vida pós-transplante. Torcedora do Atlético, comemorou sua primeira vez em um estádio, a vitória do time logo no início da partida e a própria trajetória marcada pela superação. “Foi uma experiência maravilhosa. Para você que pensa em ser doador, eu venho te dar certeza de que você deve ser. Isso mudou a minha vida e pode mudar várias vidas. Então ajude o próximo e seja doador de órgãos”, disse.
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Segundo o MG Transplantes, em Minas Gerais há 4.298 pessoas na fila por um órgão e outras 4.598 que aguardam por córnea. No Brasil, o número ultrapassa 80 mil. O diretor da instituição, Omar Lopes Cançado, destacou a importância de ampliar o diálogo sobre o tema. “Se as pessoas entenderem que têm dez vezes mais chances de precisarem de um transplante do que de serem doadoras, elas tenderiam a pensar mais sobre o assunto e a serem mais favoráveis à doação”, afirmou.
A expectativa do MG Transplantes é de que 2025 seja um ano recorde para Minas Gerais, com cerca de 2,2 mil transplantes até dezembro, aumento de 8% em relação ao ano passado. Uma das principais estratégias é reduzir a taxa de recusa familiar, que hoje chega a 45%.
Ações de capacitação e incentivo às Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) são fundamentais para melhorar o diagnóstico da morte encefálica e aprimorar a comunicação com famílias. Outro apoio essencial vem das aeronaves da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que garantem transporte rápido dos órgãos captados.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
