A Black Friday, uma das maiores promoções de fim de ano, deve movimentar R$ 5,4 bilhões no comércio brasileiro, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Desse total, eletroeletrônicos, utilidades domésticas, móveis e eletrodomésticos concentrarão quase metade das vendas.
Com o aumento da procura desses produtos durante a Black Friday, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) orienta os consumidores a ficarem atentos à eficiência energética antes de aproveitar descontos, já que um equipamento barato, mas ineficiente, pode gerar custos contínuos na conta de luz.
O engenheiro de Eficiência Energética da companhia, Welhiton Adriano, explica que muitos consumidores focam apenas na oferta, sem avaliar a potência, o tempo médio de uso e a classificação energética. Segundo ele, a escolha consciente exige comparação entre modelos semelhantes e prioridade para aparelhos que apresentem menor consumo ao longo da vida útil. A orientação da Cemig é que, durante a Black Friday, o cliente considere não apenas o preço, mas o impacto financeiro futuro.
O especialista reforça que modelos mais baratos podem ter baixa eficiência, o que compromete a economia pretendida no momento da compra. A recomendação é verificar a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence), do Inmetro, que classifica aparelhos de A (mais eficientes) a G (menos eficientes). Nas compras on-line, o cuidado deve ser maior, pois muitos anúncios não trazem informações completas sobre consumo.
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Welhiton Adriano afirma que a decisão incorreta pode representar um gasto por muitos anos. “O consumidor muitas vezes se empolga com a oferta e leva o produto mais barato, mas não percebe que está assumindo um compromisso permanente. Um aparelho que gasta mais energia funciona como um aluguel escondido: a cada mês, ele cobra um valor extra na conta de luz. Quando somamos esse custo ao longo de dez ou quinze anos de uso, o prejuízo pode ser bastante grande”.
Essa diferença é especialmente relevante em equipamentos de uso contínuo, como geladeiras, freezers, máquinas de lavar, televisores e aparelhos de ar-condicionado. Nesses casos, o consumo elevado ao longo dos anos pode até ultrapassar o valor pago originalmente pelo produto, anulando completamente o benefício da promoção.
O engenheiro eletricista da Cemig, Thiago Douglas Batista, também alerta para os riscos de compras de produtos ineficientes por impulso durante a Black Friday. Ele afirma: “Muitas lojas usam o período para oferecer descontos em itens que não são eficientes, e o consumidor precisa ficar atento porque o barato pode sair caro. O consumo excessivo de energia elétrica faz o comprador perder o desconto ao longo do tempo. Por isso, é fundamental observar a categoria de consumo, de A a G, e sempre conferir as informações técnicas no site do fabricante, não apenas no site do vendedor”.
Ele reforça que a avaliação correta assegura economia real, evita surpresas posteriores e reduz a possibilidade de aumento significativo na fatura de energia.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.

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