Acordo de Mariana deve extinguir Fundação Renova, afirma procurador do MPMG

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior cedeu informações sobre o acordo de Mariana, que deve ser assinado entre os dias 24 e 29 de outubro. Uma reportagem do Jornal Estado de Minas destaca que a quitação das dívidas deve extinguir a Fundação Renova, criada em 2016, no primeiro acordo entre a união e as empresas.

“Os estados vão assumir boa parte das responsabilidades com os atingidos, as empresas terão suas responsabilidades, e a fundação vai terminar algumas ações que estão em curso, mas será extinta”
disse Jarbas Soares.

Ele fez questão de criticar a forma com que a fundação conduziu as indenizações. De acordo com Soares, o primeiro acordo foi muito benéfico para as empresas, o que tornou a repactuação um assunto mais complexo do que deveria, dificultando “consertar o que foi feito errado lá em 2016″.

No encontro com a imprensa, o representante do MP destacou que os atingidos serão priorizados nesta nova negociação, com as indenizações sendo destinadas para as pessoas que sofreram com a tragédia/crime.

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Além disso, Jarbas ainda citou que parte do dinheiro do acordo de Mariana será destinado para a criação da Rodovia do Minério, que tem como objetivo retirar milhões de carretas do trecho da BR-040 afetado por essa prática comercial. Além disso, também possibilitará a duplicação de BR-356 entre o Alphaville e a cidade de Mariana.

“No caso de Brumadinho, as melhorias estão chegando agora para a vida das pessoas. Por exemplo, com a duplicação da estrada que vai para o Instituto Inhotim. No caso de Mariana, essas melhorias também vão começar a chegar, como a duplicação da BR 356 de Alphaville a Mariana”.
afirmou o procurador.

Desde 5 de novembro de 2015, a cidade de Mariana e todas as comunidades atingidas pela tragédia esperam uma resolução, com as indenizações sendo definitivamente realizadas. No próximo mês, o fato completa nove anos, ainda sem um ponto final.