Automedicação pode causar sérios problemas de saúde

O Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE) divulgou um alerta sobre os riscos da automedicação, hábito perigoso para a saúde, não apenas pelos efeitos adversos das medicações, mas pela dependência física ou química que podem causar quando usados sem orientação.

O alerta foi feito pelo médico do Trabalho especialista em Psicologia Médica e pós-graduado em Psiquiatria do Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE), Rodrigo Ferreira Lobato.

“Infelizmente, a venda de muitos tipos de medicamentos sem exigência de receita e a possibilidade de compras pela internet são realidades que agravam o controle da auto medicação no país”, frisou.

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Na lista dos mais procurados no mercado paralelo estão psicotrópicos, hormônios, remédios para dor e os ditos “emagrecedores”, por exemplo. O médico destaca que, além do risco do uso sem prescrição, o desenvolvimento de quadros de dependência, sobretudo no caso de psicotrópicos, é uma possibilidade que deve ser considerada antes do uso indiscriminado de qualquer remédio do gênero.

“O desmame de certos tipos de medicação, com ênfase para os psicotrópicos, pode se tornar um processo doloroso porque a pessoa vai deixar de consumir um produto que tem efeitos sobre o organismo. Não é possível parar de uma vez. O processo tem que ser acompanhado por um médico para reduzir os efeitos de uma síndrome de abstinência, por exemplo”, exemplificou.

“Geralmente, as pessoas querem apenas os efeitos benéficos do medicamento e esquecem todo o resto. Acabam assumindo um risco grande, pela falta de orientação médica”, lamenta o médico.

A prática de compartilhar receitas e medicamentos também é bastante comum. No entanto, o médico reafirma que a Medicina não é uma ciência matemática, visto que deve considerar as peculiaridades físicas e mentais de cada indivíduo. “O recomendado é procurar um médico para fazer o tratamento adequado com os meios mais indicados”, conclui.

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