Candidaturas laranjas femininas: ‘Região dos Inconfidentes’ possui 2 mulheres e 41 homens no legislativo

Na audiência, Marlise ainda destacou que a cultura política tradicional favorece homens brancos e que os partidos preterem candidatas mulheres, apesar da cota de um terço exigida pela lei eleitoral desde 2012. Há 12 anos,  "reserva de vagas para mulheres" por "preenchimento das vagas por mulheres" A mudança na terminologia da legislação aumentou a participação feminina, mas não o número de mulheres eleitas, devido à falta de apoio dos partidos.

O Observatório de Direitos da Democracia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) definiu como prioridade de atuação nas eleições de 2024 o combate às fraudes nas cotas, conhecidas como “candidaturas laranjas”. Quem afirmou isso foi o Emmanuel Levenhagen Pelegrini, em audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Mulheres da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Os dados são da página oficial do MPMG.

O MPMG atuará na identificação dos partidos que não suprem a determinação de 30% de vagas para candidaturas femininas. Isso ocorre porque mesmo com as mudança na sociedade, os números de representatividade de mulheres tanto no executivo quanto no legislativo são baixos. Na mesma audiência, , a pesquisadora Marlise Matos, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nupem) da UFMG, apresentou dados que representam essa disparidade de gênero.

  • 22% dos municípios mineiros não têm vereadoras.
  • 40% dos municípios mineiros têm apenas uma mulher como representante no legislativo.
  • 7,5% das prefeituras mineiras são comandadas por mulheres.
  • Apenas um dos 853 municípios mineiros, São Gotardo, é administrado por uma mulher autodeclarada negra.
Candidaturas laranjas femininas: Região dos Inconfidentes possui 2 mulheres e 41 homens no legislativo
A pesquisador Marlise Matos. Foto:  Priscila Leão/CMBH

Leia também:

Nas cidades da Região dos Inconfidentes somando os 43 representantes no legislativo, apenas duas mulheres estão presentes. Sendo elas Lilian França (PP) em Ouro Preto e Sônia Azzi (PSB) em Mariana. Itabirito não tem mulher ocupando cargo de vereadora. A ex-vereadora Beth Cota (PSDB) integrou a primeira Câmara de Minas quando o vereador Marcelo Macedo (PSDB) virou secretário de Governo.

Na audiência, Marlise ainda destacou que a cultura política tradicional favorece homens brancos e que os partidos preterem candidatas mulheres, apesar da cota de um terço exigida pela lei eleitoral desde 2012. Há 12 anos, houve a alteração na lei de  “reserva de vagas para mulheres” para “preenchimento das vagas por mulheres” A mudança na terminologia da legislação aumentou a participação feminina, mas não o número de mulheres eleitas, devido à falta de apoio dos partidos.

O Observatório dos Direitos e Democracia do MPMG prioriza combater fraudes nas cotas de gênero e violência política, com 304 promotores orientados a investigar fraudes e apoiar denúncias de violência política.

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias da Região dos Inconfidentes e de Minas Gerais? Então siga o Jornal Geraes nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!

Notícias relacionadas

Leave a Comment