A Casa de Cultura Negra é vencedora da 36ª edição do prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Entidades da Administração Pública. De acordo com a Prefeitura do município, a inscrição foi feita pela Diretoria de Promoção da Igualdade Racial. O processo teve parceria da Diretoria de Economia Criativa e Solidária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia.
A casa de Cultura Negra é um espaço importante para Ouro Preto. Ela não apenas mantém viva e divulga a tradição e cultura afro, como também oferta cursos de capacitação e projetos sociais para a comunidade ouro-pretana. Portanto, o espaço tem o compromisso de valorizar, preservar e divulgar as heranças da cultura afro-brasileira em suas mais ricas e expressivas vertentes.
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Casa de Cultura Negra de Ouro Preto
A Casa de Cultura Negra de Ouro Preto está localizada no terreno ao lado da Igreja Matriz de Santa Efigênia. É importante a conscientização de que ergueu-se vários outros monumentos do século XVIII à custa do sangue e do suor dos escravizados. É o caso da Capela do Padre Faria, que segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, abrigou a confraria dos brancos, expulsa pelos pretos da Irmandade do Rosário de Santa Efigênia.
A concepção e funcionamento desta Casa representa uma iniciativa fundamental para preservação da cultura preta da comunidade afro-descendente de Ouro Preto e garante a promoção e divulgação de uma nova visão sobre o espaço da negritude na história de Minas Gerais e do Brasil, valorizando e reafirmando sua importância na formação da cultura nacional.
Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é de caráter nacional, promovido pelo Iphan desde 1987. Dessa forma, age como mecanismo de fomento às ações de preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural brasileiro que, em razão da sua originalidade, relevância e caráter exemplar, mereçam registro, divulgação e reconhecimento público.
Em 2023, o Prêmio tem como mote “20 anos da Lei nº 10.639/2003: Educação, Democracia e Igualdade Racial”. Com inspiração na referida Lei, de 09 de janeiro de 2003, que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Sendo assim, são premiadas ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural brasileiro realizadas, parcial ou totalmente, entre os anos de 2019 e 2022, por meio de uma abordagem transversal de temas da educação, da democracia e da igualdade racial.
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Jornalista em formação pela Universidade Federal de Ouro Preto. Fascinada pela arte da comunicação e seus desdobramentos. Estagiária no Jornal Galilé e na Rádio Real FM.
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