ALMG discute risco de despejo para 11 mil pessoas em Mariana

ALMG discute risco de despejo para 11 mil pessoas em Mariana

A crise habitacional de Mariana será discutida em uma visita técnica e em uma audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (24). Os dois eventos foram solicitados pelo deputado Leleco Pimentel (PT) à Comissão de Defesa da Habitação e da Reforma Urbana, diante do risco de despejo que pode afetar milhares de moradores do município.

A visita será realizada às 15h na Escola Estadual João Ramos Filho, no Bairro Cabanas, onde parte da comunidade vive sob ameaça de remoção. Já a audiência ocorrerá às 19h, na Escola Municipal Monsenhor José Cotta, também no Bairro Cabanas.

Segundo o deputado, a crise habitacional de Mariana é uma das mais graves de Minas Gerais. Ele aponta que o município tem um dos maiores passivos habitacionais urbanos do Estado e que mais de 11 mil pessoas, distribuídas em cerca de 3 mil famílias, estão sob risco de despejo em ocupações.

De acordo com o parlamentar, uma decisão recente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) abriu caminho para as remoções, o que pode resultar na demolição de grande parte das moradias. Para ele, tal cenário configuraria um “colapso social”, já que o município não teria capacidade de absorver essas famílias no mercado imobiliário formal.

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A situação habitacional de Mariana, segundo Leleco Pimentel, revela uma negligência que se estende por mais de 25 anos. Ele lembra que vários bairros consolidados começaram como ocupações posteriormente regularizadas, o que evidencia que a população assumiu, ao longo do tempo, a responsabilidade pela própria urbanização.

O deputado também afirma que o rompimento da barragem do Fundão, em 2015, agravou o déficit habitacional, ao mesmo tempo em que a especulação imobiliária elevou artificialmente os preços de lotes e aluguéis, empurrando famílias de baixa renda para áreas irregulares.

Os eventos desta segunda-feira buscam ouvir moradores, avaliar os riscos e discutir alternativas para enfrentar a crise habitacional de Mariana, marcada pela ameaça de despejo de milhares de pessoas e pela ausência de uma política consistente de moradia.

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