Congonhas é uma cidade marcada por muitas histórias, entre elas, a de que o imperador Dom Pedro I e a imperatriz consorte Amélia Augusta Eugênia Napoleona, sua segunda esposa, estiveram presentes no município, oito anos após a proclamação da independência do Brasil, que aconteceu em 7 de setembro de 1822.
A passagem por Congonhas aconteceu em 26 de janeiro de 1831, menos de três meses antes de renunciar ao trono em favor do seu filho, Dom Pedro II, dando início ao Período Regencial. Foi a segunda viagem do imperador por Minas Gerais, acompanhado por uma grande comitiva, com o amigo e médico congonhense Antônio Américo Urzedo, membro fundador da Academia Imperial de Medicina.
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Os historiadores contam que Sua Majestade foi recepcionada pelos padres Lazaristas e hospedada no Colégio Matosinhos. Dom Pedro I visitou a igreja do Bom Jesus de Matosinhos – que recebeu o título de Basílica menor em 1957 – e conheceu os 12 profetas de pedra-sabão esculpidos algumas décadas antes por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
O imperador também assistiu uma missa solene que foi presidida pelo padre Antônio valeriano Gonçalves, Superior do Seminário Matosinhos. De volta ao Colégio, o imperador do Brasil, assistiu um recital e declamação de poesias realizado pelos alunos no grande salão.
Naquela memorável quarta-feira, o Superior do Colégio proferiu um longo discurso à Sua Majestade que culminou com a tradicional cerimônia do “beija-mão” em que os súditos puderam prestar reverência aos membros da Coroa. Dom Pedro I dormiu uma noite em Congonhas e seguiu para Cachoeira do Campo e Ouro Preto.
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Estudante de jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto e estagiária no Jornal Geraes e na Rádio Real FM.
