O estudante de Engenharia Metalúrgica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Ayrton Carlos Almeida Veras, que relatou ter vivido um trote violento que o levou ao coma na República Sinagoga em agosto, está com fazendo uma “vaquinha” para conseguir pagar seu plano de saúde. Devido ao alto custo da medicação que ele toma, as contas apertaram e essa foi uma alternativa indicada pela assessoria do vereador Wanderley Kuruzu (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, para conseguir arcar com os custos.
“Está sendo muito pesado, então resolvemos fazer isso porque o plano está até suspenso, pois venceu a segunda parcela. Hoje já não pude levar ele para fazer consulta com o fisioterapeuta. Ou eu pago o plano de saúde ou pago a medicação”, contou a mãe de Ayrton, Acsa Regia Araújo Almeida Veras, ao Jornal Galilé.
Ayrton é natural de São José do Ribamar, no Maranhão. Sua mãe é empregada doméstica e ambos precisam de R$ 1.500 para pagar dois boletos do plano de saúde para poder continuar com os tratamentos do estudante, que paralisou sua vida acadêmica na UFOP para se recuperar físico e psicologicamente em sua terra natal.
“Estou com diversos problemas psicológicos desde então e dentre eles, síndrome do Pânico depressão. Tenho plano de saúde mas devido a diversos custos com remédio, não consegui pagar 2 boletos do meu plano e para continuar com o tratamento contra a depressão, preciso quitar essa dívida”, disse Ayrton na descrição da “vaquinha”.
O estudante e sua mãe receberam 147 páginas do hospital sobre o caso de Ayrton que serão entregues ao delegado da Polícia Civil de Ouro Preto, que investiga o caso.
“A Comissão de Direitos Humanos está vendo a possibilidade de fazer uma nova vaquinha para a gente ir para Ouro Preto, porque para eu sair do Maranhão é complicado pelo custo financeiro. Onde vamos ficar hospedados, passagem e tudo mais”, disse Acsa.
Durante o depoimento na Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Ouro Preto, foi dito por Ayrton e Acsa que são uma família de baixa renda e a vontade de ambos de levar o caso até o final motivou Kuruzu e sua assessoria.
“Eu perguntei se eles estavam tendo algum tipo de assistência. A mãe disse que não, então pensamos como poderíamos ajudá-los. A Câmara não pode fazer esse tipo de repasse de verba. Eles estão determinados a levar o caso até o fim. Queremos que esse caso seja um exemplo e que seja o último, porque isso é recorrente. Houve até morte num passado não tão distante. Assim, acho que temos que dar todo o apoio que pudermos”, declarou Kuruzu ao Jornal Galilé.
As doações podem ser feitas pelo PIX ou por cartão de crédito. Para contribuir, clique aqui.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.