Desde o ano passado, artistas independentes de Ouro Preto e região têm na Festa Majuma um evento para emitir os ‘Ecos da Rua’ presentes na cultura hip hop e eletrônica. Nesta sexta-feira (12), pela primeira vez, a festividade será aberta ao público, em um grande palco, integrando a programação do Festival de Inverno da cidade. Realizado no estacionamento do Centro de Convenções da UFOP e com uma lineup recheada de MCs e DJs da Região dos Inconfidentes, o evento precede o show do rapper Hungria, com quase oito horas de apresentações, tendo início às 14h e se encerrando às 23h.
Além de ser a maior edição, o evento desta sexta representa a comemoração do 1º ano da Majuma. Nascida para comemorar o aniversário da organizadora, Maju, a festa se transformou em um festival que reúne diversos coletivos artísticos da cidade em uma congregação da arte urbana da Região dos Inconfidentes. O jornal Geraes conversou com a Diretora Executiva e idealizadora, Maju, que explicou os desafios e potencialidades do acontecimento do próximo dia 12.
‘ECOS DA RUA’: VALORIZAÇÃO DOS ARTISTAS INDEPENDENTES DA REGIÃO
A Festa Majuma começou no Bar da Assufop, em Ouro Preto, com a capacidade de até 300 pessoas. A organizadora então percebeu a necessidade e o potencial de um evento contra a corrente tradicional republicana de Ouro Preto, mas também voltado para os jovens da cidade, focado na promoção da cultura Hip Hop e eletrônica.
Os sucessos das primeiras edições revelaram um potencial de valorização de quem não encontra muitos espaços para tocar.
“A importância fica tanto no campo do reconhecimento de identidades e de trabalhos que existem e resistem aqui na cidade, que são os artistas independentes da cultura Hip Hop, um movimento que busca a valorização e o reconhecimento dessas pessoas. Então, essa é a grande importância: trazer visibilidade para os nossos trabalhos, não uma visibilidade comprada ou paga que venha de pessoas distantes, mas uma visibilidade que atinja nossos amigos, professores, colegas de trabalho, e nossa família”, disse Maju ao Geraes.
Para este ano, os organizadores estimam um público de mais de mil pessoas. Por isso, o tema escolhido foi “Ecos da Rua”. É a reafirmação da ocupação deste espaço. No Centro Histórico da ‘Vila Rica’, os sons que emanam dos morros e bairros mais afastados serão ouvidos e festejados.
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“A Majuma é uma festa independente, produzida por artistas independentes para a população jovem de Ouro Preto. Numa cidade onde vivemos com essa tradição republicana, onde a maioria das festas são direcionadas a estudantes universitários, a Majuma busca furar essa bolha e fazer uma festa que possa contemplar os jovens da nossa comunidade, principalmente os das artes periféricas e os artistas periféricos“, destacou Maju.
Para essa edição especial, a Majuma convidou vários coletivos, como o coletivo Vila Pobre, que atua na cidade com trabalhos artísticos e educativos, e a banda Soma, que toca as músicas dos artistas participantes do projeto, valorizando e oferecendo estrutura profissional para esses artistas. A edição também contará com a Batalha da Pracinha, um evento de rap que já teve mais de 100 edições.
A PROGRAMAÇÃO DA FESTA MAJUMA EM OURO PRETO
A festa contará com apresentações de artistas, batalha de rima e shows de rap com acompanhamento de banda ao vivo. Além disso, confirmados como atrações estarão presentes no dia o Coletivo Vila Pobre, o Projeto Soma, a DJ Jô Marçal, a DJ Djahi, o DJ Coris Basoy, a Batalha da Pracinha e o quarteto de trappers composto por OGUI, Tey Kida, K1F1 e Hashi.
O evento é totalmente aberto ao público, e caixa de som começa a ressoar a partir das 14h.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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