O prefeito eleito de Mariana, Juliano Duarte (PSB), indicou que estará em diálogo com o atual prefeito, Celso Cota (PSDB), para discutir o modelo de indenização mais adequado para o município. Duarte participou do Fórum Permanente dos Prefeitos do Rio Doce, realizado em São José do Goiabal na última quinta-feira (31), onde comentou sobre as negociações de repactuação relacionadas ao desastre da barragem de Fundão, que afetou gravemente a cidade e outras comunidades da região.
A Prefeitura de Mariana, ainda sob a gestão de Celso Cota, não assinou a repactuação anunciada pelo governo federal em uma cerimônia realizada em Brasília no dia 25 do mês passado. O acordo firmado envolveu o governo federal, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e as mineradoras responsáveis, mas aguarda o posicionamento final dos municípios impactados. O processo de decisão das cidades conta com um prazo de 120 dias para avaliarem e optarem por aderir ou não aos termos apresentados.
Além disso, o acordo brasileiro corre paralelamente a um julgamento em andamento na Inglaterra contra a mineradora BHP, o que pode abrir novas perspectivas de indenização para os municípios atingidos, incluindo Mariana.
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O QUE DIZEM JULIANO DUARTE E CELSO COTA SOBRE A REPACTUAÇÃO DE MARIANA
Em suas redes sociais, após o fórum, Juliano Duarte ressaltou a importância da reunião para alinhar estratégias de reparação aos municípios afetados. Ele enfatizou que, em Mariana, irá discutir a decisão com o atual prefeito, Celso Cota, para avaliar a repactuação de forma responsável. A prioridade de Duarte é buscar valores mais elevados para Mariana, considerando que o município foi um dos mais impactados pela tragédia de 2015.
“Queria dizer que vou procurar o atual prefeito Celso para que possamos pensar e discutir, com muita responsabilidade, a repactuação. Vamos tentar melhorar os valores que a cidade de Mariana está pleiteando, e vamos também aguardar o julgamento da ação na Inglaterra“, disse Juliano no vídeo.
Por sua vez, o atual prefeito Celso Cota, após a assinatura do acordo em Brasília, destacou o caráter inclusivo e humano da repactuação, que contempla grupos indígenas, pescadores e as 600 famílias diretamente afetadas em Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo. O acordo possui um anexo específico para Mariana, que detalha as demandas judiciais dessas famílias e inclui recursos adicionais para os cerca de 30 mil inscritos no Cadúnico.
Celso Cota , por sua vez, viu com bons olhos a Repactuação. Também em suas redes, ele informou que Mariana deverá receber R$ 1,2 bilhão ao longo de 20 anos, com repasses anuais de R$ 60 milhões. No entanto, ele ponderou que esses valores podem não ser suficientes.
“Esses valores não nos oferecem condições de alavancar os projetos necessários para a recuperação de mobilidade urbana e infraestrutura. Estamos levantando a possibilidade de promovermos ajustes nesse período até a adesão total da repactuação“, destacou Celso.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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