No último dia 5 de setembro, Ouro Preto comemorou 45 anos desde que recebeu da Unesco o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, tornando-se a primeira cidade brasileira a conquistar tal reconhecimento. A data foi marcada pelo anúncio de um investimento de R$ 32 milhões do Novo PAC, voltado à preservação do conjunto histórico e cultural da antiga Vila Rica.
Os recursos serão destinados a 12 projetos de restauração e requalificação, conforme informou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre as intervenções previstas estão a requalificação urbanística do entorno da Capela do Padre Faria, a restauração de capelas como Santana, São João, São Sebastião e Nossa Senhora da Piedade, além da recuperação de igrejas de grande valor artístico e cultural, como São Francisco de Assis, São Francisco de Paula, Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e a Basílica de Bom Jesus de Matosinhos. O pacote inclui também a restauração de sinos históricos, elementos que compõem a identidade sonora da cidade.
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Ouro Preto, fundada no século 18 a partir do ciclo do ouro em Minas Gerais, guarda um dos mais importantes conjuntos urbanos coloniais do mundo. Suas igrejas, casarões e ruas de pedra refletem a riqueza do barroco mineiro e abrigam obras de mestres como Aleijadinho e Ataíde. A cidade preserva ainda tradições imateriais reconhecidas pelo Iphan, como os Saberes do Rosário e o Toque dos Sinos.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou que a data reafirma a responsabilidade de preservar o passado e projetar o futuro. Para ele, cada detalhe arquitetônico de Ouro Preto expressa séculos de história que precisam ser mantidos vivos e acessíveis às próximas gerações.
Além de Ouro Preto, Minas Gerais contará com mais de 40 iniciativas do Novo PAC, somando R$ 236 milhões destinados à preservação do patrimônio cultural no estado.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
