Professora e auxiliar são denunciadas por agressões em BH

Uma professora e uma auxiliar de classe de uma creche conveniada à Prefeitura de Belo Horizonte foram afastadas de suas funções, após denúncia de agressões físicas e psicológicas contra uma criança de dois anos de idade.

O caso veio à tona depois que um gravador colocado pela mãe na mochila do filho registrou mais de 12 horas de áudio, revelando falas hostis e condutas incompatíveis com o ambiente escolar.

Em um dos trechos, a voz atribuída à professora afirma: “Tinha que pegar conjuntivite para ficar em casa uma semana e dar sossego pra gente. Você e a sua família nojenta.”

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A mãe da criança, ao notar mudanças comportamentais e sinais de sofrimento emocional, decidiu registrar o ambiente.

“Ele começou a dizer que a professora batia e puxava a orelha. Foi quando desconfiei e decidi colocar o gravador na mochila”, relatou em depoimento à Polícia Civil.

Após a divulgação do caso, a direção da creche publicou nota em suas redes sociais alegando ter prestado apoio à família e tomado todas as medidas cabíveis. Entretanto, a família contesta a veracidade dessas informações, afirmando não ter recebido qualquer acolhimento ou assistência da instituição desde a descoberta dos fatos.

De acordo com a advogada da família, Dra. Lorrana Gomes, a nota divulgada pela creche “não condiz com a verdade dos fatos e não reflete o sofrimento vivido pela criança e seus familiares”.

“Desde o início, a família tem enfrentado o caso sozinha, sem qualquer amparo por parte da instituição. Estamos adotando todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, e o processo tramita sob segredo de justiça. Nosso objetivo é garantir a proteção integral da criança e a responsabilização de todos os envolvidos”, destacou a advogada.

A defesa ainda reforça que vários direitos fundamentais da criança foram violados, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), e que a situação revela a necessidade urgente de fiscalização mais rigorosa, transparência e preparo das instituições de ensino infantil, a fim de evitar novos episódios de violência em ambiente escolar.

A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte instaurou uma sindicância administrativa para apurar os fatos e ouvir familiares, servidores e gestores da unidade. Em paralelo, a Polícia Civil conduz uma investigação criminal que busca identificar responsabilidades e eventuais crimes cometidos.

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