Três homens foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais pelos crimes de roubo qualificado, extorsão e homicídio de um motorista de aplicativo em Conselheiro Lafaiete. A sentença foi proferida na terça-feira (1º) pelo juiz Gustavo Vargas de Mendonça, da 3ª Vara Criminal da comarca. O crime ocorreu em setembro de 2024, quando a vítima foi atraída para uma emboscada, agredida e teve seus pertences subtraídos.
De acordo com o inquérito policial, no dia 3 de setembro de 2024, a vítima, o motorista Lucimar Pereira da Silva, aceitou uma corrida por aplicativo em Conselheiro Lafaiete. No local combinado, foi rendida pelos três réus, Leonardo Christian da Silva Pinto, Paulo Henrique Tolentino e Magno Júlio dos Reis Ribeiro, que a levaram para uma área isolada na zona rural da cidade. Lá, a vítima foi espancada e forçada a fornecer senhas bancárias, permitindo que os acusados realizassem transações via Pix que totalizaram mais de R$ 6,8 mil.
A investigação apontou que, após as agressões, o motorista foi deixado em um barranco, em estado crítico de saúde. Ele apresentava sinais de extrema violência e desorientação quando foi encontrado dias depois. Lucimar Pereira da Silva foi socorrido e permaneceu internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 28 de setembro de 2024.
Os réus fugiram com o carro da vítima, mas sofreram um acidente durante a fuga. Para eliminar provas, incendiaram o veículo antes de abandoná-lo. A polícia os identificou por meio de registros bancários e imagens de câmeras de segurança, que mostraram os acusados utilizando o dinheiro da vítima para compras, corte de cabelo e pagamento de dívidas ligadas ao tráfico de drogas.
Na decisão judicial, o juiz descartou a tipificação de latrocínio (roubo seguido de morte) e enquadrou o caso como roubo e extorsão com resultado morte. A sentença destacou a premeditação do crime e apontou que a extorsão foi determinante para o falecimento da vítima.
Leonardo Christian da Silva Pinto foi condenado a 47 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão, além de 17 dias-multa. Paulo Henrique Tolentino recebeu pena de 45 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, com 530 dias-multa, incluindo condenação por tráfico de drogas, pois, durante sua prisão, foram encontradas porções de maconha, crack e cocaína com ele. Magno Júlio dos Reis Ribeiro foi sentenciado a 40 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão e 30 dias-multa.
Os três réus permanecem presos preventivamente, e a defesa ainda pode recorrer da decisão.
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O crime
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). De acordo com a investigação, os três homens acionaram a corrida por aplicativo e levaram a vítima para um local isolado, onde anunciaram o assalto e tomaram seu celular. Além de espancá-lo, o trio exigiu as senhas bancárias e realizou transferências de dinheiro.
Após as agressões, os acusados abandonaram o motorista na estrada e fugiram com o carro, mas bateram o veículo. Para tentar ocultar o crime, incendiaram o automóvel. A polícia identificou os suspeitos ao rastrear os registros bancários e os localizou com parte dos bens adquiridos com o dinheiro da vítima. Durante a abordagem, foram encontradas drogas com um dos condenados.
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