Na última semana, aconteceu uma audiência pública em Engenheiro Corrêa para debater os impactos da mineração da Vale no distrito. Estiveram presentes lideranças locais, o secretário de Segurança e Trânsito Juscelino Gonçalves e o vereador Naércio (REPUBLICANOS). Contudo, dentre as principais reivindicações da população, estavam a construção de asfalto na MG 440 e, também, a interrupção da via de acesso na MG-30, que dá acesso ao distrito de Itabirito, São Gonçalo do Bação.
O secretário Juscelino explicou que a interrupção da via deu-se por um desmoronamento. Portanto, passado o período chuvoso, a Vale, responsável pelas estruturas de barragem e de contenção, deverá retomar os trabalhos:
“Essa via [MG-30], foi interrompida há mais de um ano. Como está muito próxima a um muro de contenção a jusante, a Vale iniciou os trabalhos no ano passo e, com isso, ocorreu um desmoronamento e a Defesa Civil tem acompanhado esse processo. Oficializamos que acabado o período chuvoso, exigimos por parte do empreendedor, no caso a Vale, que retome as atividades dessa via importantíssima para os distritos de Engenheiro Corrêa e São Gonçalo do Bação”, detalhou Juscelino.
Em nota, a vale informou que a previsão da liberação da via de acesso será no segundo semestre de 2023:
A Vale esclarece que está comprometida em cumprir as ações acordadas com a comunidade de Engenheiro Correa, em Ouro Preto. A conclusão das obras para desinterdição da estrada entre Engenheiro Correa e São Gonçalo do Bação está prevista para setembro deste ano. Essas informações foram repassadas à Prefeitura municipal, Câmara dos Vereadores e representantes da comunidade em reunião ocorrida no dia 13 de março deste ano, prévia à audiência pública. A empresa segue aberta ao diálogo com o Poder Público e comunidade, e os trabalhos na região têm como prioridade a segurança das pessoas e os cuidados com o meio ambiente.
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Sobre a estrutura que fica entre Ouro Preto e Itabirito
A Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), está entre Ouro Preto e Itabirito. A conclusão do muro aconteceu no primeiro semestre de 2021 e atende às barragens Forquilha I, II e III e Grupo na mina Fábrica, que estão em processo de descaracterização. Todavia, A ECJ tem a função de conter os rejeitos dessas estruturas em caso de eventual rompimento. E possui Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) vigente.
A ECJ da mina Fábrica, assim como as demais construídas pela Vale, faz parte do Programa de Descaracterização de barragens a montante da empresa. Durante as obras, Segundo a Vale, o processo de descaracterização segue a normativa dos órgãos reguladores para redução de impactos. As ações nas ECJs e seu funcionamento são acompanhados pelos órgãos públicos e por equipe técnica independente.
Por fim, A Vale reforça seu compromisso com a descaracterização de todas as suas barragens a montante no Brasil, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente
Acompanhe as condições de segurança das barragens por meio da ANM
A Agência Nacional de Mineração (ANM), disponibiliza um boletim completo sobre o processo de descaracterização e níveis de estabilidade das estruturas de Minas e do Brasil. Atualmente, as barragens Forquilhas I e II estão no nível 2 de emergência e Forquilha III está no nível máximo de risco, o 3. A saber, no nível 2, a estrutura precisa de reparos e imóveis na zona de autossalvamento são evacuados. Já o nível 3, representa risco iminente de ruptura. Acesse os dados aqui.
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Jornalista formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Atua na Real FM pela editoria de esportes e é apresentadora do Papo de Bola (Escola da Bola) e da Live Jay Sports.
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