A Comissão Internacional de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) receberá familiares de 544 vítimas de tragédia brasileiras. A audiência ocorrerá nesta sexta-feira à partir das 15h.
A audiência discutirá se o Estado brasileiro tem responsabilidade nas violações de direitos humanos acarretados por estas tragédias, uma vez que não resultaram em responsabilização no âmbito criminal na justiça do país.
A audiência terá uma hora e meia de duração e além das vítimas e familiares, representantes do estado brasileiro também poderão falar. Ela será transmitida pelo YouTube da CIDH.
Leia também:
- Roda de conversa na Casa de Cultura Negra reúne lideranças religiosas
- Liminar suspende demissão em massa da Gerdau em Barão de Cocais
Serão ouvidas as vítimas do rompimento da barragem de Fundão da Samarco (Vale e BHP). em Mariana, MG, em 2015, que deixou 19 vítimas, segundo as mineradoras, e causou dano ambiental em toda a extensão do Rio Doce, e da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, MG, em 2019, que, segundo dados dos órgãos oficiais, deixou 270 mortos, se tornando o maior acidente de trabalho do Brasil em perdas de vidas humanas.
Farão uso da palavra, familiares de vítimas do incêndio na Boate Kiss. Tragédia que comoveu o país e deixou 242 mortos e 600 feridos em Santa Maria, RS. Quatro pessoas foram condenadas a 18 anos de prisão, porém, foram anuladas posteriormente. Os advogados de defesa alegaram nulidade do processo. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu e pede o reestabelecimento das sentenças no Supremo Tribunal Federal (STF).
Será discutido o incêndio nas instalações do Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, RJ, em 2019. Neste caso dez garotos morreram, eles tinham entre 14 e 16 anos.
Também serão ouvidas as vítimas do afundamento de cinco bairros de Maceió, por conta da mineração de sal-gema pela Braskem. Neste caso ocorreu nenhuma morte, mas cerca de 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. As vítimas alegam que pessoas cometeram suicídio por conta da perda de suas condições de vida.
Além da perda de mais de 500 vídas estes casos geraram trauma e comoção em suas comunidades e em todo país.
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias da Região dos Inconfidentes e de Minas Gerais? Então siga o Jornal Geraes nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!
Graduando em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atua como estagiário no Jornal Geraes e na Rádio Real FM.
