Contrato com a Saneouro foi feito com diagnóstico de 10 anos atrás

Prazo da notificação à Saneouro termina amanhã (31); entenda os próximos passos

Durante a coletiva de imprensa sobre a readequação do contrato de Saneamento Básico da Saneouro, que aconteceu nesta terça-feira (23) no auditório da Prefeitura de Ouro Preto, o Procurador Geral do município de Ouro Preto, Diogo Ribeiro, apresentou dados de que o contrato de concessão com a empresa de saneamento com base em informações do Plano Municipal de Saneamento Básico de 2012 (PMSB – 2012).

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Consequências do contrato com a Saneouro para Ouro Preto

No documento consta-se que como consequência, algumas situações não apareceram no diagnóstico e, portanto, não possuem soluções definidas. São elas:

  • ETA Vila Alegre e outras minas suscetíveis a águas com o metal pesado arsênio e, então, tiveram a desativação por não ser possível tratar;
  • ETA Funil suscetível ao arrasto de sólidos decorrentes da mineração na bacia do Funil, o que torna as águas intratáveis após chuvas mais intensas;
  • O mesmo caso ocorre em Amarantina;
  • O interceptor de esgotos da sede de Ouro Preto precisará de completa substituição;
  • Áreas não localizadas no perímetro urbano, vêm sendo abastecidas pela concessionária;
  • Ocultou a dependência de manobras longas para abastecimento entre diversas regiões;
  • Passivos fundiários (propriedades particulares) e ambientais (ausência de licenças ambientais e outorgas de captação) em diversas das instalações do extinto Semae;
  • Interconexão de água entre os imóveis sem a instalação de ligação de água à rede pública: uma única pessoa se responsabiliza pelo abastecimento de diversos imóveis que sequer conhece – inviabilidade de eventual manutenção – vazamentos.
  • Estruturas debilitadas por falta de investimento nos últimos 8 anos que antecederam a concessão;
  • Fontes de captação contaminadas — Arsênio, esgoto, metais pesados, etc.;
  • Desperdício de água gerado por vazamentos nas redes públicas e redes internas do cidadão-ausência de medição do consumo;

“Foram realizadas 4 notificações extrajudiciais para que a Saneouro promova correções nos serviços que estão sendo prestados. Foram realizados, também, dois pareceres sobre a impossibilidade de cobrança pelo consumo sem que a meta de 90% tivesse sido antigida. Realizamos ações da Vigilância Sanitária, porque a Vigilância instaurou um processo administrativo, mas tiveram várias autuações direcionadas a empresa”, contextualizou Diogo.

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