A cultura tornou-se um catalisador essencial para o desenvolvimento econômico em Minas Gerais, gerando empregos e estimulando o crescimento da economia criativa. Em 2023, após os desafios enfrentados durante o período da pandemia de COVID-19, a cultura floresceu em todas as regiões do estado, mobilizando milhões de residentes, turistas e trabalhadores.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que o setor cultural é responsável por 360.357 empregos em Minas Gerais. De dezembro de 2022 a setembro de 2023, a economia da criatividade, impulsionada pela cultura e turismo, gerou aproximadamente 50 mil empregos, representando 26% de todos os postos de trabalho criados no estado até novembro, segundo o Caged.
O Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, destaca que a economia da criatividade já é responsável por mais de 691 mil empregos em todo o estado. Os programas Mais Turistas e Minas Criativa têm a meta de criar 100 mil empregos até o final de 2024, e, segundo ele, estão no caminho certo.
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DINHEIRO QUE RETORNA EM FORMA DE CULTURA
Em 2023, a atividade turística, principalmente cultural, movimentou cerca de R$ 34 bilhões em Minas Gerais. O investimento efetivo do Governo do Estado, refletido na lei Descentra Cultura, busca descentralizar e democratizar o acesso aos recursos de fomento à cultura. A lei realizou 977 atividades artístico-culturais em todas as regiões do estado.
A economia criativa recebeu um investimento significativo, com 118 dos 132 projetos aprovados no Fundo Estadual de Cultura (FEC) já tendo recebido R$ 2,9 milhões até meados de dezembro de 2023. A Lei Estadual de Incentivo à Cultura também desempenhou um papel crucial, com 285 propostas captando um total de R$ 129,2 milhões.
O setor audiovisual, que viu um aumento de 24,45% no número de postos de trabalho entre 2014 e 2021 em Minas Gerais, captou R$ 5,8 milhões através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, demonstrando o impacto positivo das políticas de fomento do governo.
O engajamento de parceiros como a Cemig e a Codemge, que destinaram R$ 71 milhões e R$ 1,5 milhão, respectivamente, a projetos culturais em 2023, evidencia o apoio do setor privado. O ICMS Patrimônio Cultural e a Lei Paulo Gustavo também se destacam como dispositivos que impulsionam a descentralização e a preservação do patrimônio cultural.
DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA
O ano passado foi marcado por iniciativas como o Minas Literária, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, e a inauguração de uma unidade da Fundação de Artes de Ouro Preto em Guaxupé. A cultura se tornou um motor econômico, movimentando R$ 5,1 bilhões na economia criativa de Minas Gerais em 2023, de acordo com estudos da Fundação Getúlio Vargas.
A participação expressiva do público nos espaços culturais, como o Palácio das Artes e o Circuito Liberdade, administrados pela Fundação Clóvis Salgado, atingiu um recorde em 2023, com 7,4 milhões de pessoas desfrutando de atividades artísticas e culturais. O investimento de R$ 52,7 milhões em mais de 2,7 mil atividades artístico-culturais reflete o compromisso do governo em promover a cultura e impulsionar a economia criativa em Minas Gerais.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.