Abordando os temas “mineração pedratória” e “privatização do ar”, o curta-metragem Tudo Que é Sólido Desmancha no Ar, produzido pela Miratú Filmes, terá estreia neste domingo (30), às 18h30, no Cine Teatro Municipal de Mariana (antigo Sesi), com entrada gratuita. A obra marca os dez anos do rompimento da barragem de Fundão, que destruiu os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, e apresenta uma ficção situada em um território impactado pela mineração predatória.
Dirigido por Anthony Christian e Laura Borges, o filme acompanha Carlos, um jovem trabalhador da mineração que vive no distrito ficcional de Antônio Borba, em Mariana. Munido de uma filmadora, ele registra os impactos ambientais e sociais que atravessam seu cotidiano, agora marcado por um acontecimento inédito no mundo: a privatização do ar respirável.
A narrativa propõe um olhar crítico sobre os modos de vida em cidades mineradoras, os efeitos da exploração de recursos naturais e a resistência das pessoas que habitam esses territórios.
A equipe reúne profissionais independentes da região. A direção de fotografia é assinada por Uriel Marques; a direção de arte, por Carla Maves; e a direção de som, por Luan Carlos. A colorização e os efeitos visuais são de Igor Azevedo.

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O elenco tem Kaio Serafim no papel de Carlos, além de Ana Cláudia Miguel, Allie Barbosa e Bruno Miné. A trilha sonora original é produzida por Aquiles, o Poeta, e pelo beatmaker Lil Tim. A faixa de boombap traduz o clima do filme em ritmo e poesia, reforçando a dimensão cultural da obra.
Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo de Mariana, o curta também é fruto do trabalho de conclusão de curso em Jornalismo de seus diretores, desenvolvido na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O projeto combina pesquisa, experimentação e sensibilidade para construir uma obra que dialoga diretamente com o presente e com o território onde foi criado.
Os bastidores e o processo de produção podem ser acompanhados no perfil do projeto pelas redes sociais: @tudoqueesolido.filme.

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