Em Mariana, a Casa de Câmara mais antiga de Minas Gerais completa hoje 312 anos. A antiga Cadeia de Mariana, um imponente sobrado da arquitetura colonial em Minas Gerais, que está passando por um processo de restauração desde 2011, com as obras sendo iniciadas em 2020, após a licitação.
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O projeto de restauração envolveu diversos atores, como o poder municipal e o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN). O prédio, que é um exemplo da arquitetura colonial brasileira, foi construído entre 1768 e 1798 e desempenhou papéis administrativos e de prisão. Atualmente, abriga o Poder Legislativo Municipal, mas já serviu como prefeitura e cadeia pública. O projeto de restauro visa manter a Câmara no mesmo endereço, preservando sua importância histórica e arquitetônica.
O edifício tem uma fachada impressionante com seis grandes janelas no andar superior, ao lado de um portal de entrada decorado. Uma ampla escadaria em quatro lances leva ao portal. As escadas são fechadas com parapeitos maciços e corrimão de pedra-sabão. Acima do portal, há o brasão imperial, que substituiu as armas de Portugal no século XIX. As janelas possuem molduras curvas, balcões de pedra e parapeitos de ferro trabalhados. Uma pequena torre com um sino fica no topo do telhado de quatro águas.
No interior, o piso do térreo é feito de lajes e as paredes são espessas. O térreo é dividido em três compartimentos, cada um com um arco separando-os. Os três cárceres eram destinados a presos brancos, negros e mulheres, respectivamente. No andar superior, os pisos são feitos de tábuas largas, e a área é dividida em três salões na frente e cinco salas nos fundos, onde os serviços da câmara eram realizados. Os cárceres eram acessados por meio de alçapões.
A Casa de Câmara está localizada na Praça Minas Gerais, próxima às igrejas de São Francisco de Assis, Nossa Senhora do Carmo e do Pelourinho, que era uma estrutura usada para punir negros e escravos durante o período colonial. O edifício foi construído no local onde anteriormente ficavam os quartéis dos Dragões, que era o exército da época em Mariana. A iniciativa de construir o edifício partiu do Senado da Câmara de Mariana, que exercia funções executivas e legislativas na época. A autorização definitiva para a construção foi concedida em 1782.
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A igreja São Francisco de Assis também aguarda a reabertura. Uma reportagem do jornal O Tempo afirma que A igreja será reaberta e administrada pela Arquidiocese de Mariana, enquanto a Casa do Conde de Assumar se tornará o Museu de Mariana, sob a gestão do Instituto Cultural Aurum. A reportagem também menciona que as obras de restauração começaram em 2019 e foram financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, com parceria da Prefeitura de Mariana, Arquidiocese de Mariana, BNDES e Instituto Cultural Vale. A diretora estima que cerca de R$ 17 milhões foram gastos na restauração.
No início do mês passado, o secretário de Cultura, Turismo, Patrimônio Histórico e Lazer de Mariana, Cristiano Vilas Boas, anunciou que espera a ministra da Cultura Margareth Menezes para a inauguração da igreja. Informações não oficiais dão conta que a reabertura da igreja deve acontecer no final do mês de agosto.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.