O projeto “Choro nos Morros”, idealizado pelo Trio Choro Negro, está levando a tradição do choro para comunidades e bairros periféricos de Ouro Preto, com apresentações itinerantes que seguem até o fim de 2025. A proposta é descentralizar o acesso à música instrumental e valorizar a influência negra na construção do gênero, aproximando públicos que historicamente ficam fora dos grandes circuitos culturais da cidade.
Formado por Danilo Campos (violão de 7 cordas), Tiago Couto (saxofone e flauta) e Diovane Inácio (pandeiro), o trio aposta em apresentações ao ar livre e em espaços comunitários como forma de criar um contato direto com os moradores. Além dos shows, o projeto também estimula o diálogo sobre a história do choro e sua relação com a cultura popular e negra.
A iniciativa prioriza bairros e distritos com menor oferta de atividades culturais. Todas as apresentações contam com intérprete de Libras, ampliando o acesso de pessoas surdas às atividades. A circulação envolve bares de bairro, praças e espaços comunitários, fortalecendo a cena cultural local e criando novas possibilidades de interação entre artistas e público.
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No último domingo (23), o grupo realizou uma apresentação no Bar do Nico, no bairro São Cristóvão (Veloso), reunindo moradores em uma tarde de música e convivência. A ação marcou a segunda edição do projeto, mas a programação segue ao longo dos próximos meses com novas localidades a serem contempladas.
O “Choro nos Morros” é viabilizado por meio da Lei Aldir Blanc – PNAB 2024, com apoio do Sistema Nacional de Cultura, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
As próximas datas e locais das apresentações devem ser divulgados nas redes sociais do grupo, pelo Instagram @triochoronegro.
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Graduanda em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e O Mundo dos Inconfidentes.
