Djonga promete show histórico em Ouro Preto e relembra época de UFOP

Djonga prometeu fazer história no seu show em Ouro Preto, agendado para julho. Em entrevista para o portal Uai, do jornal Estado de Minas, ele trouxe bastidores do lançamento da sua turnê “Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!”, que ocorrerá nesta sexta-feira (23), em Belo Horizonte. Além disso, o rapper ainda comentou sobre a época de Gustavo Marques, estudante do curso de história da Universidade Federal de Ouro Preto. Ele demonstrou carinho pelas repúblicas que morou.

Ainda sem precisar a data da apresentação na Cidade Patrimônio Mundial, Djonga afirmou que irá trazer tudo o que puder para Ouro Preto.

“A data… eu não sei a data exata ainda, o dia que vai ser. Vai ser em julho, né? Mas eu vou tentar levar tudo que tem aqui pra lá. Esse é o lance. Tudo que tem aqui, eu vou tentar levar pra lá. Porque, como é perto, dá pra gente fazer esse corte da estrutura e fazer o bagulho acontecer”, prometeu o cantor.

A apresentação na Cidade Patrimônio Mundial fará parte da turnê do álbum “Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!”, lançado em março deste ano. Djonga afirmou que está ansioso para se apresentar na antiga Vila Rica.

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Djonga e sua relação com a UFOP

Djonga promete show histórico em Ouro Preto e relembra época de UFOP — Djonga na Segunda Edição da Festa Arrasta, Sagarana, Mariana – MG Foto por: Raquel Satto

Entre 2015 e 2018, Djonga morou em Mariana. Ele foi aluno do curso de história, ofertado no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFOP. Naquele período, ele morou em algumas repúblicas na cidade.

Na entrevista, o rapper falou com bastante afeto sobre a época em que residia na Região dos Inconfidentes. Em especial, ele destacou o quanto os sete períodos de curso superior agregaram na sua vida.

“Eu acho que lá eu aprendi a ler de verdade, tá ligado? Você não lê só com o olhar do autor. Você lê com o seu olhar, tá ligado? Você coloca o seu olhar sobre o olhar do autor e, daí, nessa dialética aí, nasce alguma coisa nova, tá ligado? Uma visão nova de mundo. Então, lá eu aprendi a ler. Tive que ler muito, tive que estudar muito. Mas, mais do que isso, eu aprendi a conviver com muita gente diferente de mim”, comentou.

Nascido e criado em Belo Horizonte, ele pôde ter contato com estudantes de todos os lugares do Brasil. Nesse sentido, a UFOP foi fundamental para Gustavo se transformar em Djonga e Djonga se transformar em um dos artistas mais ouvidos do país.

Ele citou nominalmente o nome de duas repúblicas em que morou na Primaz de Minas.

“Em curtos e longos espaços de tempo, se alternando, saindo e chegando…eu morei em várias repúblicas lá. Duas que me marcaram muito: uma foi a Carpe Diem e a outra foi a Zona, onde eu morei. Na Zona, era 14 pessoas. Na Carpe Diem, inha, sei lá, oito, nove pessoas. Homem, mulher… sacou”.

A diversidade das repúblicas mistas agregaram na sua formação enquanto ser humano,

“Tinha muita gente diferente no mesmo espaço o tempo inteiro. Inclusive, lá, eu sempre morei em república mista. Nunca morei em república só masculina, tá ligado? Então, convivi com tudo quanto é tipo de pessoas — pessoas trans também, tá ligado? Tinha gente de todos os tipos, de todos os lugares. Tinha um cara de Goiânia, uma mina lá de Salvador, outra pessoa lá de Manaus, tá ligado? Todo mundo morando na mesma casa. Então, ali foi uma vivência mais que extraordinária pra mim“, confidenciou Djonga.

Batalha da Gerais

O rapper ainda lembrou com carinho da época em que ele foi um dos criadores de um movimento que resiste até hoje: a Batalha das Gerais.

“Sim, total. A Batalha da Gerais começou comigo e com o Daniel, né, velho? Eu e o Daniel que criamos essa parada, né? E tá lá até hoje. Tem força até hoje. Eu sou suspeito… sou muito orgulhoso, né, velho? De saber que o movimento continua vivo. Uma parada que a gente começou, sei lá, quase 10 anos atrás“, finalizou.

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