As primeiras filmagens do curta-metragem “Tudo Que é Sólido Desmancha no Ar” foram realizadas neste mês de outubro, em Mariana. A produção é da Miratú Filmes, produtora independente sediada no município, e marca o início das diárias de gravação do projeto audiovisual.
Dirigido por Anthony Christian e Laura Borges, o filme acompanha Carlos, um jovem trabalhador da mineração que vive no distrito ficcional de Antônio Borba, em Mariana. Munido de uma filmadora, o personagem transforma a observação em denúncia, registrando os impactos ambientais e sociais que afetam seu território. A narrativa parte de uma realidade marcada por transformações e chega a um ponto inédito: a privatização do ar respirável.
A obra propõe um olhar crítico sobre os modos de vida nas cidades mineradoras, a exploração dos recursos naturais e a resistência de quem habita esses espaços. O filme também dialoga com os dez anos do rompimento da barragem de Bento Rodrigues, ocorrido em 2015, buscando refletir sobre as consequências sociais, ambientais e humanas ainda presentes na região.
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A trilha sonora original é produzida por Aquiles, o Poeta, e pelo beatmaker Lil Tim. A faixa, com base de boombap, sintetiza a narrativa do curta em uma composição autoral que expressa em ritmo e poesia as temáticas retratadas na obra.
A direção de fotografia é assinada por Uriel Marques, a direção de arte por Carla Maves e a direção de som por Luan Carlos. O elenco conta com a atuação de Kaio Serafim, intérprete do protagonista Carlos.
O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo de Mariana e também representa o trabalho de conclusão de curso em Jornalismo dos diretores pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A iniciativa une pesquisa e experimentação audiovisual para construir uma obra que dialoga com o tempo presente e com o território onde vive sua equipe criadora.
Os bastidores e o processo de produção da obra podem ser acompanhados nas redes sociais do projeto, pelo perfil @tudoqueesolido.filme.
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