Em uma cerimônia realizada nesta sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a gestão financeira da Fundação Renova durante a assinatura da Repactuação de Mariana, em Brasília. O acordo, que busca reformular o processo de ressarcimento às vítimas do desastre de Mariana e prevê a extinção da Renova, marca um novo momento no compromisso de reparação após o rompimento da barragem da Samarco, controlada pela Vale e BHP.
Em seu discurso, Lula questionou a destinação dos recursos geridos pela fundação, que foi criada em 2016 para administrar as indenizações e projetos de recuperação financiados pelas mineradoras. O presidente destacou a falta de transparência sobre o uso dos R$ 37 bilhões que a Renova alega ter aplicado em investimentos e indenizações. Segundo ele, a ausência de informações detalhadas preocupa o governo federal, o Ministério Público e outros órgãos.
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“Ainda que esse acordo atinja o valor de R$ 170 bilhões e seja o maior já feito na história moderna do capitalismo, a verdade é que não sabemos o que foi feito com os gastos da fundação”, declarou Lula. “Nem o Ministério Público, nem a Defensoria, nem os governos estadual e federal têm conhecimento claro do destino desses recursos. É preciso esclarecer isso, para que as pessoas saibam exatamente como e onde esse dinheiro foi aplicado.”
A assinatura do novo acordo busca estabelecer diretrizes mais rígidas e transparentes para a reparação das comunidades atingidas, visando garantir que os fundos sejam destinados a projetos concretos de recuperação ambiental, econômica e social.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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