A cidade de Mariana, em Minas Gerais, deu início ao processo de tombamento das 11 bandas civis em funcionamento no município, reconhecendo oficialmente o valor cultural e histórico dessas corporações musicais como patrimônio imaterial.
O anúncio foi feito pelo secretário de Patrimônio Cultural e Turismo de Mariana, Eduardo Batista, durante entrevista à Rádio Real FM, na última sexta-feira, 18 de julho. Segundo ele, a decisão foi aprovada por unanimidade na mais recente reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAT):
“Por unanimidade, na última reunião do COMPAT, aprovamos o processo de inventariado para o tombamento das 11 corporações musicais da cidade de Mariana, todas elas centenárias. Até novembro, elas estarão tombadas como patrimônio imaterial”.
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Mariana é reconhecida nacionalmente por sua tradição musical. Com 11 bandas civis em atividade, é o município mineiro com o maior número dessas corporações em funcionamento. O dado reforça o protagonismo da cidade na preservação da música instrumental e na formação cultural da população.
Entre as bandas mais antigas, destaca-se a Sociedade Musical São Caetano, fundada em 1836, considerada a terceira banda mais antiga do Brasil. Também se destacam a Corporação Musical Cosme Ramos, do bairro São Gabriel; a Corporação Nossa Senhora da Conceição, da Lagoinha; e a Banda de Música 12 de Março, do bairro Mangueiras.
Essas corporações representam um legado vivo que atravessa gerações, animando festas religiosas, cívicas e populares, além de promoverem a inclusão de jovens e adultos na vida musical da cidade.
Minas Gerais é o estado com o maior número de bandas civis do país. Segundo a Funarte, são 809 bandas ativas em território mineiro, reunindo cerca de 30 mil músicos — e Mariana contribui de forma destacada para esse cenário.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
