A Polícia Civil de Minas Gerais informou, nesta quarta-feira (5), que aumentou o número de mulheres que denunciaram um médico mastologista de 46 anos por violência sexual, incluindo estupro e importunação, em Itabira. O profissional foi preso na terça-feira (4) e segue detido enquanto as investigações avançam.
O primeiro caso denunciado às autoridades foi de uma paciente em tratamento contra câncer de mama que também trabalhava no hospital onde o suspeito atuava. Segundo relato da vítima, o abuso ocorreu durante uma consulta. Após a denúncia, outras sete mulheres compareceram à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Itabira relatando situações semelhantes.
O médico trabalhava em hospitais de Itabira, na região Central de Minas Gerais. Segundo a prefeitura, ele não era contratado diretamente pelo município, mas prestava serviços terceirizados. A administração municipal esclareceu que o profissional era vinculado à Irmandade Nossa Senhora das Dores, responsável pela gestão do Hospital Nossa Senhora das Dores, e ao Consórcio Intermunicipal do Centro Leste (Ciscel). Assim que as denúncias foram formalizadas, ele foi afastado de suas funções.
A Polícia Civil solicitou a suspensão do passaporte do suspeito, além de um pedido de busca e apreensão em seu desfavor. O delegado responsável pelo caso, João Martins Teixeira, afirmou que as denúncias serão apuradas com rigor e destacou a importância de que outras possíveis vítimas denunciem os casos.
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O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) informou que todas as denúncias recebidas são apuradas de forma sigilosa, conforme as diretrizes do Código de Processo Ético-Profissional do Conselho Federal de Medicina (CFM). O Hospital Nossa Senhora das Dores divulgou nota informando que repudia qualquer ato que possa causar dano aos pacientes e que está colaborando com as autoridades.
O médico passou por audiência de custódia na terça-feira. A defesa solicitou a revogação da prisão, enquanto o Ministério Público pediu pela sua manutenção. A juíza responsável pelo caso solicitou vistas do processo e, até uma nova audiência ser marcada, o suspeito permanecerá preso. O advogado Hermes Vilchez Guerrero, responsável pela defesa do médico, afirmou que não irá comentar o caso.
Como denunciar violência sexual
Denúncias de abuso podem ser feitas por vítimas ou testemunhas por meio do telefone 180, canal do governo federal que funciona 24 horas. Também há a opção do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, e o 190 da Polícia Militar para casos em flagrante. Além disso, há canais digitais do Ministério Público e dos conselhos regionais de medicina para registrar reclamações contra profissionais da saúde.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
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