Ouro Preto quer R$ 4 bilhões em indenizações da mineradora BHP, no julgamento em curso na Inglaterra, por conta dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em Mariana em 2015.
A informação foi confirmada pelo chefe de Gabinete do município, Zaqueu Astoni, em entrevista à Rádio Real FM, na última quinta-feira (17). “O dossiê que a gente levantou dessa última década de prejuízo que o município sofreu era na ordem de 4 bilhões de reais. Isso está dentro do processo com dados técnicos. Não é algo que tiramos da cartola”, afirmou.
O montante reivindicado considera danos ambientais, sociais e econômicos. Um dos principais impactos, segundo o dossiê elaborado pela prefeitura, foi o êxodo de empresas para Mariana, o que afetou diretamente a arrecadação municipal e a oferta de empregos.
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O julgamento em curso na Inglaterra é resultado de uma ação movida por atingidos e municípios brasileiros, que inclui Ouro Preto e Mariana, contra a BHP Billiton, uma das controladoras da mineradora Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em 2015.
A mais recente audiência ocorreu no dia 3 de julho, em Londres, e tratou do gerenciamento do processo, que avança na Justiça britânica.
Ouro Preto não aderiu ao novo acordo de repactuação proposto pelas mineradoras no Brasil, que prevê o repasse de R$ 170 bilhões mediante a desistência das ações judiciais em andamento no exterior.
A Prefeitura avalia que o acordo não reconhece os reais danos sofridos e oferece compensações insuficientes. Por isso, decidiu manter a ação no Reino Unido, onde acredita ter maior chance de receber uma indenização justa.
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Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
