No último mês, o Ministério Público Federal (MPF), através do procurador federal Carlos Bruno Ferreira afirmou que não existia comprovação do dinheiro que a Renova afirma pagar de indenizações aos atingidos. Na última sexta (24), o presidente da Fundação, André de Freitas, afirmou que existe sim comprovação dos bilhões destinados aos atingidos.
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Na época, o MPF afirmou que os valores declarados pelas mineradoras nunca passaram por uma auditoria externa séria e independente. No início do ano, a Renova soltou uma nota divulgando essa quantia e dizendo que só em 2023 iria pagar R$ 8,6 bilhões.
“Quanto mais eles colocam no site que eles pagaram, dá a imagem de que estão fazendo muita coisa, avançando muito. Esses valores, repito, a gente não tem auditoria, são valores informados pela Renova.“ disse o procurador Bruno na época.
André de Freitas liderou uma conversa com os jornalistas de Mariana, que contou com a presença do Jornal Galilé. Questionado sobre essa afirmação do MPF, ele rebateu:
Todo ano a nova passa por uma auditoria de uma das maiores empresas de auditoria do mundo, né uma das grandes internacionais a gente sempre fala das quatro maiores, nós passamos por uma delas. Então tudo isso é comprovado eh e aí a gente sempre se parece o Ministério Público desse dessa informação.
Disse André ao Galilé.
Contudo, a fala da MPF diz respeito a falta de uma auditoria feita por um órgão externo independente. Por isso, o governo federal trabalha com sérios esforços na repactuação do acordo de 2015.
RENOVA, INDENIZAÇÕES E A REPACTUAÇÃO DO ACORDO
O presidente da Renova se mostrou otimista quanto ao projeto de repactuação do acordo. Para ele, esse reajuste pode trazer esclarecimentos sobre pontos em aberto e seguir a diante com o projeto de reparação que a Fundação da Renova coordena junto aos atingidos.
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Existe um acordo assinado em 2018 que prevê a repactuação. De alguma maneira a gente vê a repactuação com bons olhos. Se for uma oportunidade de esclarecer pontos em aberto. Então houve até uma perícia do Judiciário, do diretor judiciário que fez uma avaliação da reparação e a conclusão dessa perícia eu falei, olha aonde o teta que é o nosso acordo. Ele tá claro tá bem definido, o que deve ser feito aonde você quer chegar a reparação de um caminho muito bem aonde eu tentar ajustar o que tá confuso, onde cada um consegue interpretar de um jeito. Neste caso o negócio fica um pouco mais agarrado. Então a repactuação é uma ótima oportunidade para esclarecer esses pontos e seguir adiante na reparação.
Finalizou André aos jornalistas.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.