A Prefeitura de Mariana ainda não assinou a repactuação entre o poder público e as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, responsáveis pelo rompimento da Barragem de Fundão em 2015. O novo acordo, anunciado nesta sexta-feira (25), prevê a liberação de R$ 132 bilhões para reparações e investimentos, com foco nas áreas afetadas da Bacia do Rio Doce. Mariana, assim como os demais 48 municípios atingidos, terá 120 dias para analisar os termos e decidir se adere ou não ao documento.
Em contato com o Jornal Geraes, o vice-prefeito de Mariana, Cristiano Vilas Boas (PT), esclareceu que apenas o Governo Federal, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Poder Judiciário e as mineradoras assinaram o acordo até o momento. “Os municípios não participaram da mesa de negociação. Agora temos um prazo de 120 dias, tanto Mariana quanto os demais atingidos, para avaliar as cláusulas e decidir se aderimos. Neste acordo, há uma cláusula específica para Mariana, com recursos destinados à saúde e indenizações para os atingidos diretamente no município”, afirmou Vilas Boas.
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A equipe da prefeitura de Mariana, segundo Vilas Boas, ainda precisa de tempo para estudar as cláusulas do acordo, uma vez que ele estava sob confidencialidade até esta semana. O prefeito Celso Cota (PSDB) já iniciou as avaliações e está em diálogo com o prefeito eleito Juliano Duarte (PSB) para definir a melhor decisão para Mariana.
O ex-prefeito de Mariana, Duarte Júnior (Republicanos), que estava à frente do município quando o desastre ocorreu em 2015, também comentou a decisão de Cota de não assinar o documento de imediato. Segundo ele, o prefeito preferiu aguardar a possibilidade de melhorias específicas para Mariana. “O sentimento é de que podemos ainda melhorar o acordo em favor de Mariana. Ele vai trabalhar para isso”, explicou Duarte Júnior.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.