Ontem (16), a Samarco reativou o Concentrador 2 do Complexo de Germano em Mariana, além de implementar de mais uma planta de filtragem de rejeitos. Esta ação faz parte do projeto de retomada da mineradora, nove anos após a tragédia/crime do rompimento da Barragem de Fundão. O repórter Antônio Isidoro esteve presente no evento, que contou com a presença de autoridades das cidades e de Minas Gerais, e trouxe mais detalhes sobre o projeto de Longo Prazo.
Segundo informações divulgadas pela mineradora em uma apresentação à imprensa, a empresa estima alcançar a produção de 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério até 2025. Esse avanço está diretamente relacionado à reativação da usina P3, localizada no Espírito Santo, que ocorreu durante a celebração dos 47 anos da empresa. Com isso, a produção deve atingir o dobro da capacidade registrada no momento da retomada oficial das operações, em 2020.
Esse aumento da produção demandará a instalação de pilhas de rejeitos estéreis no território das cidades mineradoras. Esse novo modelo de destinação dos resíduos de minério surgiu para substituir as barragens. Nele, a matéria-prima utilizada para a pelotização é extraída no processo de filtragem, restando os rejeitos secos, que serão empilhados.
O presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, destacou a Isidoro a importância desse avanço para o planejamento estratégico da mineradora. Segundo ele, a reativação não só impulsiona a capacidade produtiva, mas também reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a geração de empregos locais.
Atualmente, a Samarco emprega cerca de 11.500 pessoas em Minas Gerais, sendo que 85% dos trabalhadores contratados em 2024 são da região de Mariana, Ouro Preto ou Catas Altas. Além disso, a empresa tem investido em programas de inclusão para mulheres, negros, jovens aprendizes e profissionais em busca do primeiro emprego.
“Nosso compromisso é reduzir a quantidade de mão de obra flutuante e valorizar os trabalhadores locais que construíram essa história ao longo dos últimos 47 anos. Isso vai começar a ser percebido já no início do próximo ano”, afirmou Vilela.
Samarco em Mariana e Ouro Preto: projeção de sustentabilidade e geração de tributos
Outro ponto destacado foi o pagamento de R$ 850 milhões em tributos estaduais e municipais em 2024, com projeções de aumento na arrecadação a partir de 2025, impulsionadas pela expansão da produção.
Além disso, Vilela ressaltou que a Samarco opera atualmente sem barragens de rejeitos e com foco em sustentabilidade. “Estamos investindo em reciclagem, recirculação de água e outras práticas para conciliar a mineração com o bem-estar das comunidades vizinhas. Esse compromisso é essencial para o futuro da empresa e das regiões onde atuamos.”
Retomada da capacidade total
A meta da Samarco é atingir 100% de sua capacidade produtiva até o final de 2028, com a implementação de um projeto de longo prazo que está em fase de licenciamento. “Assim que aprovado, iniciaremos as obras para alcançar essa meta”, explicou o diretor-presidente.
Sobre a recuperação judicial, Vilela revelou que todas as etapas do processo já foram concluídas e que a empresa aguarda uma decisão judicial para encerrar definitivamente o acordo, consolidando sua retomada.
Retomada da prosperidade
Representando o governador Romeu Zema no evento, a secretária-adjunta de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Kathleen Garcia, afirmou que a reativação do Concentrador 2 é um marco para a recuperação da Samarco e para o desenvolvimento do estado.
“É um momento de reconstrução, de olhar para o futuro e retomar o crescimento e a prosperidade que foram interrompidos. A mineração é essencial para Minas Gerais, e a Samarco está demonstrando que é possível unir inovação, sustentabilidade e impacto positivo para a sociedade”, concluiu.
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