Secretárias de Educação de Ouro Preto explicam situação da escola Tomás Antônio Gonzaga

Desde janeiro deste ano, a Escola Municipal Tomás Antônio Gonzaga, localizada em Ouro Preto, está no centro de uma polêmica devido à decisão de transferir temporariamente suas atividades para um ginásio enquanto passa por um processo de reforma. A medida levantou debates nas redes sociais. Atualmente, os alunos seguem no prédio, enquanto algumas as intervenções acontecerem.

Em uma entrevista à Rádio Real, a Secretária de Educação, Deborah Etrusco e a Secretária Adjunta Silvia Teixeira, esclareceu a situação da Escola Tomás Antônio Gonzaga. Ela enfatizou a necessidade premente de intervenção na instituição devido à sua infraestrutura precária.

Apesar dos excelentes resultados nos índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), a escola enfrenta problemas estruturais há pelo menos 18 anos, incluindo falta de pintura, infiltrações e falhas na rede elétrica, pluvial e hidráulica.

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Quando cheguei lá (na Escola) no ano de 2021, encontrei a vice-diretora e a diretora dentro da biblioteca, com todos os livros molhados porque tinha chovido e a biblioteca inundou

disse Deborah em entrevista.

Portanto, a secretária destacou os seguintes problemas:

  1. Infiltrações: A escola enfrenta problemas de infiltração, o que pode levar a danos estruturais e criar um ambiente inadequado para o aprendizado.
  2. Rede elétrica: Há questões relacionadas à rede elétrica da escola, o que pode representar riscos à segurança dos alunos e funcionários, bem como causar interrupções no fornecimento de energia.
  3. Rede pluvial e hidráulica: Problemas na rede pluvial e hidráulica também são destacados, o que pode resultar em alagamentos, vazamentos ou falta de água potável, afetando o funcionamento adequado da escola.
  4. Queda do muro dos fundos da escola: O desabamento do muro dos fundos da escola é mencionado como um problema específico, que não apenas afeta a estrutura da escola, mas também causa impacto na propriedade vizinha.
  5. Necessidade de reforma da infraestrutura geral: A secretária aponta a necessidade de uma intervenção abrangente na infraestrutura da escola, indicando que não houve reformas significativas há pelo menos 18 anos. Isso inclui a pintura das instalações e outras melhorias estruturais necessárias para criar um ambiente de aprendizado adequado.

PROCESSO DE LICITAÇÃO EM ANDAMENTO

Deborah detalhou o processo de licitação em andamento para a reforma, destacando o número de empresas participantes e o valor estimado da licitação. Ela explicou a necessidade de realizar a reforma durante o período letivo, apesar dos desafios como o barulho das obras e os riscos para os alunos, ressaltando a responsabilidade da empresa contratada em garantir a segurança durante o processo.

No entanto, quando o processo da mudança estrutural começar, os alunos precisarão sair do atual prédio. A obra tem previsão de oito meses de duração.

“A licitação para isso está em andamento, no valor de R$ 2,6 milhões. A abertura dos envelopes foi no dia 19, com a participação de oito empresas. Agora estamos na fase de verificação das empresas e das propostas feitas, para podermos chamar efetivamente a empresa vencedora. “, destacou Silvia no programa Manhã Real.

O GINÁSIO É A ÚNICA OPÇÃO ENCONTRADA PARA ALOCAR ALUNOS DA ESCOLA TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA

Quanto à realocação dos alunos durante a reforma, a secretária reconheceu as dificuldades em encontrar um espaço adequado devido ao grande número de estudantes e à falta de locais alternativos disponíveis. Ao todo, são 450 alunos matriculados na escola Tomás Antônio Gonzaga. Esse quantitativo de estudantes, dificulta a implantação provisória da instituição em locais como a Fundação Aleijadinho, por exemplo.

Nesse sentido, Deborah enfatizou a importância da identidade da escola e o impacto emocional para alunos e comunidade ao serem transferidos para outro local temporariamente.

Então, temos o barulho, temos tudo lá dentro e o risco das crianças também com a obra acontecendo. É necessário ter uma responsabilidade da própria empresa que concorda em fazer essa reforma, porque precisa ser algo muito organizado e com diálogo constante com a escola. No entanto, não podemos parar o processo licitatório, senão a obra demorará muito mais“, disse Silvia à Real.

Tanto na fala de Deborah quanto de Silvia, fica explícito a necessidade de manter os alunos em um prédio que seja perto do local em que a instituição está alocada. Além disso, é de crucial importância que eles estejam todos no mesmo ambiente, para não haver perdas no processo de aprendizagem. Toda essa questão torna a situação ainda mais complexa.

VEJA A ENTRESVISTA COMPLETA:

Portanto, enquanto as obras não começam, a Prefeitura segue estruturando o ginásio do Aluminas, no intuito de transformar esse equipamento público no prédio provisório da Escola Tomás Antônio Gonzaga.

Aí veio a questão: para onde vão esses estudantes e esses professores no período da obra? Até que ponto as outras escolas podem acolher esses alunos? E a identidade de uma escola é fundamental. Eu fui criticada por falar nisso, mas continuo batendo nessa tecla. A identidade de uma escola é muito importante, e mudar para outro bairro significa perder isso, perder o território, a sensação de pertencimento. E ainda, onde encontrar um lugar para colocar esses alunos? Nós tentamos várias opções, mas é muito complicado. E então, veio a opção do ginásio do Aluminas

Deborah ainda admitiu falhas na comunicação com os pais sobre os detalhes da reforma e a falta de espaço alternativo. Ela expressou a necessidade de uma comunicação mais transparente e eficaz para evitar surpresas e descontentamentos por parte dos pais. Além disso, ressaltou o diálogo constante com a direção da escola e a comunidade escolar sobre o processo de reforma.

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