Em uma análise comparativa das tarifas de água e esgoto cobradas pela Saneouro em Ouro Preto com outras cidades da GS Inima, constatou-se que a tarifa em Ouro Preto pode chegar a ser quase três vezes maior do que em outras localidades. O levantamento foi feito pelo Galilé com base nos sites da empresa.
Leia mais: Ouro Preto: morador denuncia dupla leitura em hidrômetros da Saneouro
Para fazer a comparação, o Galilé levou em consideração o gasto médio de água tratada e encanada de acordo com os dados mundiais. Esse consumo gira em torno de 5,4 m³ (metros cúbicos) por pessoa/mês. Por exemplo, uma residência com quatro moradores terá seu consumo estimado em 22m³.
As cidades que a GS Inima controla o abastecimento e fornecimento de água além de Ouro Preto, são: Araçatuba-SP, Paraibuna-SP, Santa Rita do Passa Quatro-SP, Luiz Antonio-SP. Em todas elas, o maior consumo, com base nessa noção de gasto médio, é de R$ 7,55 por metro cúbico consumido, na cidade de Paraibuna. Em Ouro Preto, o preço chega a R$ 21, 11, quase três vezes maior.
As outras cidades estão todas abaixo de R$ 4,00 por metro cúbico.
Confira:
O QUE A SANEOURO FALA SOBRE O PREÇO DE SUAS TARIFAS EM OURO PRETO
Em entrevista exclusiva ao Galilé, Evaristo Belinni, superintendente da Saneouro, concessionária responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em Ouro Preto, falou sobre as acusações de cobranças abusivas que têm sido feitas pelos moradores locais.
Segundo o superintendente, os custos operacionais envolvidos na prestação dos serviços são altos e justificam os preços cobrados.
Leia mais: Ouro Preto divulga lista de analistas do processo da vigilância sanitária contra a Saneouro
“O que seria uma tarifa justa? Porque hoje não conseguimos arrecadar nem para pagar os custos operacionais. E além disso a gente sabe que aqui é um é um é um município que precisa de muito investimento na parte de saneamento básico. É muito investimento. É muita coisa para fazer. Então assim eu não sei que sucesso que é a prefeitura teria com a intervenção da Saneouro“, disse Evaristo Bedini ao jornal Galilé.
ESTUDO INDICA PREÇOS DA SANEOURO CONSOMEM RENDA
Um estudo feito no final do ano passado, indica que tarifa da Saneouro compromete até 40% da renda familiar. Os números foram divulgados na eunião entre membros do grupo de trabalho, criado para estudar alternativas para o serviço de saneamento prestado pela Saneouro, integrantes dos poderes Legislativo e Executivo, representantes do Observatório Nacional do Direito à Água e Saneamento (ONDAS), representantes da Associação Comercial e do deputado estadual eleito Leleco Pimentel (PT), na Prefeitura de Ouro Preto.
De acordo com o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Rafael Kopschitz Xavier Bastos, e um representante do Observatório dos Direitos à Água e Saneamento (ONDAS).
Leia mais: Audiência pública sobre a situação da Saneouro em Ouro Preto é cancelada
Já para os usuários da Saneouro, o comprometimento financeiro familiar chega à porcentagem aproximada de 17% do salário mínimo para casas com o consumo máximo de 20m³ por mês.
Para as demais famílias, o comprometimento financeiro familiar pode chegar a 40% para o consumo acima de 20m³, enquanto isso, nos municípios com autarquias próprias, esse número aproximado chega a 25% do salário mínimo.
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias da Região dos Inconfidentes e de Minas Gerais? Então siga o Jornal Galilé nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!
Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
[…] Leia mais: Tarifa da Saneouro em Ouro Preto é quase três vezes maior que outras cidades da GS Inima […]