A cidade de Ouro Preto recebeu, na noite desta quinta-feira (7), a abertura da 23ª edição do Tudo é Jazz 2025, com uma programação gratuita no SESI Ouro Preto – Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG. O Teatro Casa da Ópera ficou lotado para o show de Juarez Moreira, primeira atração artística do festival na cidade.
Além de Ouro Preto, o Tudo é Jazz tem passagens programadas por Belo Horizonte, Itabirito, Congonhas e Ouro Branco, promovendo cerca de 54 shows e conta ainda com uma exposição assinada por Ronaldo Fraga. Esta edição presta homenagem a Ella Fitzgerald e Dolores Duran, duas vozes icônicas da música internacional e brasileira. A exposição “Ella e Dolores” permanece em cartaz até o dia 10 de agosto no SESI Ouro Preto, seguindo depois para as demais cidades do circuito.
Durante a cerimônia de abertura, a organização destacou o retorno do Tudo é Jazz a Ouro Preto, seu local de origem. “Para nós, é sempre uma alegria enorme retornar a essa cidade que recebe o Tudo é Jazz de braços abertos”, afirmou uma das representantes da produção. O festival é realizado pela Rioville Entretenimento e Comunicação e pela ALSI – Associação Livre de Cultura e Esportes, com curadoria do músico Gustavo Figueiredo e direção geral de Bud Carvalho.
O estilista Ronaldo Fraga, responsável pela direção criativa do festival pelo terceiro ano consecutivo, comentou sobre a proposta visual da homenagem. “Desde o primeiro ano propus que lançássemos sempre com base em um standard do jazz internacional, mas com um standard do jazz brasileiro também. Este ano é a vez da Dolores. Uma nasceu nos inferninhos da Lapa, a outra no Harlem. Ambas cantaram o amor com dor e com humor, como poucas”, afirmou. Ele também destacou que o festival busca relacionar as homenageadas com os espaços e contextos em que suas músicas foram construídas.

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Flávio Malta, também celebrou o início do festival e ressaltou sua importância para o desenvolvimento local. “Tudo é Jazz 2025, uma grande homenagem a Dolores Duran aqui em Ouro Preto. Nós somos Tudo é Jazz. O festival é pela cidade: na Praça Tiradentes, na Casa da Ópera, no Largo do Rosário, no CAEM e por toda Ouro Preto. Traz grandes artistas, mais movimento e atração de turismo, promovendo o nosso desenvolvimento”, declarou.
Leia também:
- Adolescente de 15 anos desaparecido em Ouro Preto
- Cachoeira do Campo realiza 2ª Festa do Peão de Boiadeiro
O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), fez uma fala de tom histórico e emocional. Ele recordou o papel de figuras como Vinicius de Moraes na concepção de Ouro Preto como “cidade dos festivais”, ainda em 1968, e celebrou a continuidade desse ideal com o Tudo é Jazz 2025. “Ouro Preto cumpriu esse destino antevisto por Vinicius. Veio o Festival de Inverno e veio esse maravilhoso Tudo é Jazz”, declarou. Ele ainda agradeceu a presença dos organizadores e patrocinadores e destacou o impacto cultural e turístico do evento: “Ouro Preto é patrimônio mundial, reconhecida e admirada. Uma cidade cultural viva com universidade, com indústria, com iluminação.”

A programação do Tudo é Jazz 2025 segue em Ouro Preto até o dia 10 de agosto. Em seguida, o festival passa por Itabirito (15 a 17/08), Congonhas (23 e 24/08) e encerra em Ouro Branco (13 e 14/09). Criado em 2002 em Ouro Preto, o festival já levou aos palcos mais de 1.700 músicos do Brasil e do mundo, com apresentações gratuitas que unem tradição e inovação em teatros, praças e ruas.
A homenagem às cantoras Ella Fitzgerald e Dolores Duran neste ano se dá por meio de tributos musicais e da exposição fotográfica assinada por Rodrigo Januário, que retrata os bastidores e ambientes por onde as artistas circularam. A cenografia do festival, idealizada pelos arquitetos Clarissa Neves e Paulo Weisbeck, recria a atmosfera dos inferninhos de Copacabana e Havana dos anos 1950, evocando os universos musicais de Dolores e Ella.
O Tudo é Jazz 2025 é apresentado pela Gerdau, com patrocínio da Vivo, apoio da Prefeitura de Ouro Preto e da Rede Minas. A viabilização é feita pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e pelo Governo de Minas Gerais, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A Gestalt, parceira de longa data, apoia o festival há mais de 20 anos.
Quer ficar por dentro das principais notícias da Região dos Inconfidentes e de Minas Gerais? Então, siga o Jornal Geraes nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!
Bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com passagens por Jornal O Espeto, Território Notícias e Portal Mais Minas.
