Representantes de entidades que auxiliaram os atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana revelaram que só há menos de um ano essas assessorias técnicas começaram a atuar de forma eficaz por culpa da Vale. A informação foi compartilhada durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ontem (5).
A coordenadora da Cáritas Diocesana de Itabira, Ana Paula Alves, explicou que o processo começou em 2015, com os afetados solicitando ajuda das assessorias técnicas. No entanto, a Vale, uma das donas da Samarco, discordou da proposta e levou o caso à justiça, o que limitou a atuação das assessorias.
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ATUAÇÃO DA VALE: QUANDO AS ASSESSORIAS DOS ATINGIDOS EM MARIANA GANHARAM FORÇA?
Somente em 2023, com um novo juiz, as assessorias puderam atuar de maneira mais abrangente, incluindo a coleta de dados das comunidades afetadas. Agora, um terceiro juiz homologou o trabalho dessas assessorias.
No entanto, Diego Guimarães, gerente jurídico do Projeto de Assessoria Técnica dos Atingidos do Centro Agroecológico Tamanduá (CAT), expressou preocupação com as reviravoltas judiciais, que podem afetar a atual proposta de repactuação. Ele ressaltou que a situação das vítimas piorou ao longo dos anos e que um novo acordo pode não ser uma solução.
Além disso, ele informou o processo em curso na justiça inglesa, que envolve centenas de milhares de pessoas e empresas afetadas pela tragédia, e destacou que a consideração desse processo seria uma falta de confiança no sistema judiciário brasileiro.
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Jornalista em formação pela Universidade Federal de Ouro Preto, apaixonado por música e audiovisual.
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