O presidente Lula (PT) declarou que irá fechar o cerco para que a Vale pague os atingidos das tragédias/crimes de Mariana e Brumadinho. Em um discurso no Recife (PE), o chefe do executivo federal cobrou as mineradoras responsáveis pelos desastres de 2015 e 2019. O petista ainda afirmou que fez um pedido direto ao Ministro Chefe da Casa Civil, Rui Costa, para marcar uma reunião com representantes das empresas.
Desde 2015, os atingidos pelas tragédias de Bento Rodrigues buscam um modelo de indenização que contemple todos os que perderam os seus modos de vida,a além das 19 pessoas que morreram. Isso não diferente em Brumadinho, após as cenas desoladoras de 2019, que ocasionaram 272 óbitos.
Por isso, Lula chamou atenção para o que ele chama de um ‘esquecimento’ dos pobres por parte das mineradoras. O presidente destaca que muitas pessoas perderam a vida e que as mineradoras precisam arcar com os prejuízos causados pelas catástrofes.
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“Até hoje, a Vale não pagou os direitos dos povos pobres. Até hoje. Temos que chamar a Vale e exigir que ela pague o prejuízo que as pessoas tiveram. Não é possível que só sobre desgraça nas nossas costas.”, disse o Presidente Lula.
Na última semana, quando esteve em Minas Gerais, o petista já havia apontado para o que ele chama de “enrolação” das mineradoras. Em entrevista à Rádio FM O Tempo, ele disse: “A Vale, vamos ser francos, está enrolando o povo de Mariana e Brumadinho. Faz sete anos”
‘CASO MARIANA NA INGLATERRA’ CHEGA AO STF
Através de uma denúncia do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), a ida de municípios brasileiros à corte inglesa para cobrar indenização chegou ao Supremo Tribunal Federal. As informações do jornal Folha de São Paulo dão conta de que a instituição questiona a constitucionalidade da atuação das cidades atingidas em processos judiciais no exterior.
De acordo com o Ibram, essa jurisprudência seria exclusiva da união. Mesmo sem citar um processo específico, a denúncia indiretamente coloca sob julgamento a junta do escritório inglês Pogushead, que pede justiça à 700 mil atingidos.
Na matéria da Folha, o Coridoce (Consórcio Público de Defesa e Revitalização do Rio Doce), órgão que reúne os municípios afetados, se mostrou satisfeito com a ida do processo ao STF, pedindo celeridade na resolução. O consórcio ainda afirma que a ação do Ibram é uma movimentação da mineradora BHP.
Contudo, também ao jornal paulista, o Ibram afirma que representa o interesse de toda a mineração no Brasil e no exterior. A instituição diz temer que “a duplicidade de ações judiciais, no Brasil e no exterior, afete todas as indústrias do setor mineral”.
Portanto, enquanto o governo federal quer andar com a repactuação, o processo na Inglaterra caminha para uma resolução apenas no ano que vem. As duas questões parecem indefinidas, mesmo com as cobranças de cada lado.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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