O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu uma denúncia de racismo recreativo contra três estudantes da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), campus de Frutal. Segundo o órgão, o caso teria ocorrido em março deste ano, durante uma cerimônia de trote de calouros.
As informações dão conta de que, no momento de recepção dos novos alunos, uma estudante do 1º ano do curso de Administração recebeu uma placa com o apelido de “Bombril”, em alusão ao seu cabelo, o que fez com que a vítima se sentisse extremamente ofendida.
Os apelidos são dados pelos veteranos, com o intuito de introduzir os entrantes na dinâmica social das universidades. Contudo, o MP entende que os responsáveis pela placa praticaram o ato de racismo recreativo, e que a prática teve caráter ofensivo, cientes do mal que causavam à vitima.
Esse crime pune casos de humor hostil, entendendo que a atribuição deste apelido é a reverberação de um discurso excludente. Na denúncia, o MPMG destaca que, ao praticarem a injúria racial, os acusados agiram “dolosamente e cientes da ilicitude de suas condutas, em contexto e com intuito de descontração, diversão ou recreação”, o que torna a punição do crime ainda mais grave.
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O Ministério Público requer ainda que cada denunciado pague indenização mínima de R$ 10 mil pelos danos causados.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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