‘Como contar o tempo que não volta?’: ato marca os 9 anos da tragédia de Mariana

'Como contar o tempo que não volta?': ato marca os 9 anos da tragédia de Mariana

Desde 2015, o dia 5 de novembro evoca sentimentos de angústia, indignação e tristeza entre o povo de Mariana e nas demais comunidades atingidas pela tragédia do rompimento da Barragem de Fundão. Neste ano, a Cáritas, Assessoria Técnica Independente (ATI) que atende os atingidos, promoverá um ato em Bento Rodrigues (local de origem), com saída às 7h30 do Centro de Convenções de Mariana.

O ato conta com o apoio da Universidade Federal de Ouro Preto, do Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Conflitos em Territórios Atingidos (Conterra), da Comissão dos Atingidos pela Barragem de Fundão (CABF) e da Associação Mineira das Escolas Famílias Agrícolas (AMEFA). A programação começa no dia 4, com uma exposição no ICHS, e inclui caminhadas na Primaz e eventos em Acaiaca, encerrando-se no dia 11.

O ato deste ano deve ter desdobramentos especiais devido aos últimos acontecimentos. Recentemente, a causa dos atingidos ganhou força com a assinatura de uma repactuação na última sexta-feira (25), que estabelece investimentos de R$ 132 bilhões por parte das mineradoras. Além disso, ocorre na Inglaterra o julgamento da BHP, no qual os atingidos cobram R$ 260 bilhões em indenizações.

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É sempre importante destacar que a tragédia/crime de Mariana matou 19 pessoas, destruiu dois distritos históricos e é considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil, devido às milhares de toneladas de rejeitos que atingiram a Bacia do Rio Doce.

'Como contar o tempo que não volta?': ato marca os 9 anos da tragédia de Mariana
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Inicialmente, a mineradora havia afirmado que duas barragens haviam se rompido, de Fundão e Santarém. No dia 16 de novembro, a Samarco confirmou que apenas a barragem de Fundão se rompeu. Local: Distrito de Bento Rodrigues, Município de Mariana, Minas Gerais. Foto: Rogério Alves/TV Senado

Confira a programação do ato que marca os 9 anos da tragédia de Mariana:

4 de novembro de 2024

  • 18h às 22h: Abertura da exposição Como contar o tempo que não volta?
    Local: Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), UFOP, Mariana

5 de novembro de 2024

  • 9h: Ato em memória das vítimas do rompimento da barragem de Fundão e pela prevenção de novos danos (CABF e AMEFA)
    Local: Bento Rodrigues (Origem)
  • 14h30: Caminhada em Mariana (MAB)
    Concentração: Centro de Convenções Alphonsus de Guimarães, Av. Getúlio Vargas, 110, Mariana
  • 16h: Intervenção e Projeção Visual (Cáritas MG, Conterra e Minuto de Sirene)
    Locais: Praça Minas Gerais e Praça Gomes Freire, Mariana

6 de novembro de 2024

  • 7h: Distribuição de mudas
    Local: Escola Família Agrícola Paulo Freire, Acaiaca

11 de novembro de 2024

  • 18h: Encerramento da exposição Como contar o tempo que não volta?
    Local: Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), UFOP, Mariana

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