Após denúncias de descarte irregular, Santa Casa de Ouro Preto publica nota garantindo gerenciamento de resíduos

Após denúncias de descarte irregular, Santa Casa de Ouro Preto publica nota garantindo gerenciamento de resíduos

A Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto emitiu uma nota oficial nesta quarta-feira (27) para responder sobre o descarte de resíduos hospitalares, que segundo algumas denúncias, estariam causando entupimentos e possíveis contaminações. Em dezembro o Jornal Geraes publicou reclamações dos moradores da Vila dos Engenheiros, que relatavam suposto descarte irregular na rede de esgoto.

Desde junho, imagens compartilhadas com o jornal mostram canos entupidos com materiais como panos, que, segundo os moradores, aparentam estar ensanguentados ou conter resíduos biológicos. A situação gerou preocupação com os riscos de contaminação e impactos ambientais.

Denúncias de moradores sobre o descarte da Santa Casa de Ouro Preto

A situação foi relatada formalmente pela Associação de Moradores do bairro em julho, que enviou um ofício à Saneouro, empresa responsável pelo saneamento em Ouro Preto. Segundo o documento, problemas frequentes na Rua Domingos Barroso incluem galhos de árvores penetrando na antiga tubulação e obstruções causadas por materiais diversos, possivelmente relacionados às obras de ampliação do hospital.

“Os entupimentos são constantes, e o material retirado inclui gazes e faixas de atadura”, afirmou um morador que preferiu não se identificar. Outro relato chamou atenção para pássaros mortos após contato com água proveniente dos vazamentos.

Após denúncias de descarte irregular, Santa Casa de Ouro Preto publica nota garantindo gerenciamento de resíduos
As imagens compartilhadas com o Jornal Geraes.

Nota oficial da Santa Casa

Sem mencionar diretamente os casos apontados, a Santa Casa declarou em sua nota que segue rigorosos protocolos para o gerenciamento de resíduos hospitalares, conforme determinações da Vigilância Sanitária e normas ambientais. Entre as ações destacadas estão:

  • Manutenção do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), com validação pela Vigilância Sanitária;
  • Contratação de empresa especializada para o tratamento e destinação de resíduos, incluindo incineração e autoclavagem;
  • Treinamentos periódicos para colaboradores sobre o descarte correto de materiais;
  • Certificação mensal comprovando a destinação adequada dos resíduos.

Em relação ao tratamento de efluentes, a Santa Casa mencionou que não é legalmente obrigada a realizar o tratamento próprio antes de descartá-los na rede pública, mas segue normas técnicas de esgotamento sanitário.

A nota ressaltou ainda que a responsabilidade pela rede de esgoto é da administração municipal e da concessionária Saneouro, com quem mantém diálogo para questões relacionadas.

Veja a nota completa abaixo:

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