Festival das Montanhas e Águas de Minas: Cultura e sustentabilidade em Distrito de Itabirito

Acuruí, distrito de Itabirito recebeu neste fim de semana o Festival das Montanhas e Águas de Minas. Entre as atrações musicais gratuitas, shows com Chama Chuva, Trio de Viola Caipira, Mina Bloco, Bartucada, Trio Sanfoneiro “Mió Di Bão” e Bruna Viola. Evento também contou com teatro, caminhada ecológica, artesanato e gastronomia. Esta edição teve como tema o Rio das Velhas.

A programação gratuita do Festival das Montanhas e Águas de Minas na semana incluiu a realização de oficinas de Linguagens de Sinais na rede pública de ensino, contação de casos e oficinas de pintura ocre.

Confira algumas fotos do evento!

SUSTENTABILIDADE 

É nessa região abundante em história e recursos naturais, famosa por seus vales e cachoeiras que o Rio das Velhas, um dos principais afluentes do Velho Chico e o único que passa por uma Região Metropolitana, será homenageado nessa edição do evento. Com 801 km, é responsável por 70% do abastecimento de água da capital mineira.

“O Festival das Montanhas e Águas de Minas busca o resgate das raízes dos vilarejos do estado de Minas. Por isso, essa justa homenagem ao Rio das Velhas, exemplo de como é fundamental cuidar e preservar as nossas belezas naturais. Além disso, o Festival é uma oportunidade ímpar de mostrar nos espaços púbicos um pouco das riquezas culturais e gastronômicas da região. E também de contribuir para despertar novos talentos. Tudo isso totalmente gratuito”, ressalta o coordenador do Festival e produtor cultural, Rud Carvalho.

Para a secretária municipal de Patrimônio Cultural e Turismo de Itabirito, Júnia Melillo, o Festival das montanhas e Águas de Minas é extremamente representativo para a comunidade de Acuruí: “um dos nossos distritos mais simbólicos dada sua importância histórica, e se torna uma excelente oportunidade de atração turística para demonstrar os valores culturais através da gastronomia e outras manifestações artísticas. Além disso, o Festival traz à tona uma importante pauta da sustentabilidade através da preservação de nosso Rio das Velhas, afinal, não há turismo sem preservação e sustentabilidade.”

O Grupo Avante e a Ferro Puro Mineração são os grandes responsáveis pela viabilização do projeto.  “Nós temos uma parceria sólida com as comunidades da região e sempre buscamos patrocinar projetos que levem esporte, educação, cultura e lazer aos moradores e que contribuam com a economia e o desenvolvimento local. O Festival das Montanhas e Águas de Minas, além de atingir esses critérios, também retrata a cultura mineira e promove atividades que estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente o ODS 4 (Educação de Qualidade) e o 17 (Parcerias e meios de implementação). Tudo isso vai ao encontro do nosso propósito de promover uma mineração diferente e dos nossos pilares, colocando as pessoas em primeiro lugar”, afirma o Supervisor Socioambiental da Ferro Puro Mineração, Gilson de Deus. 

“A Jaguar Mining se orgulha de participar do Festival das Montanhas e Águas de Minas pela segunda vez consecutiva. Acreditamos que iniciativas como esta, de valorização e resgate da cultura, da história e do patrimônio são fundamentais para fortalecer a identidade regional e promover o desenvolvimento local, além de proporcionar entretenimento e alavancar o turismo, incentivando a participação de diversos públicos e o fortalecimento da comunidade de Acuruí”, ressalta o coordenador de Comunicação e Relações Institucionais, Felipe Gonzaga.

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Acuruí

Acuruí surgiu no século XVIII, quando os bandeirantes exploraram a região. Nesse período, o distrito viveu seu apogeu. Seus caminhos, paisagens e construções antigas encantam os visitantes e orgulham os moradores. O vilarejo foi fundado pelos primeiros garimpeiros que estavam à procura de grandes riquezas, como o ouro. Os tropeiros que passavam na região pelas trilhas da Estrada Real, também contribuíram para o desenvolvimento da localidade. Promoveu-se assim, a vila de Acuruí, com fazendas de arquitetura muito peculiar e que serviam como base para que os tropeiros e mineradores fizessem seus negócios. A medida que o número de tropeiros foi aumentando, o vilarejo começou a crescer, famílias foram constituídas e a necessidade de uma infraestrutura de hospedagem apareceu. Criou-se, no local onde hoje é a lagoa, a Pousada Casa de Pedras, que foi construída pelos escravos no intuito de receber os tropeiros e famílias que estivessem de passagem.

Duas igrejas foram construídas no século XVIII na época do ciclo do ouro em Acuruí. A igreja de Nossa Senhora da Conceição foi feita para os brancos e a igreja de Nossa Senhora do Rosário para os escravos.A localidade está na margem direita do Rio das Velhas e a estrada para o distrito atravessa uma área de mata ciliar ainda bastante densa. Atualmente, a vila tem a base de sua economia nos sítios de proprietários das grandes cidades da região e no Balneário Rio de Pedras, às margens do lago formado pela barragem de mesmo nome, e que também faz parte do município de Itabirito. Para fornecer energia elétrica para a nova capital mineira, foi construída em Acuruí uma barragem de 40 metros de altura em uma importante cachoeira do Rio das Velhas. A obra foi concluída em 1908 e por muitos anos, Belo Horizonte foi iluminada por essa represa. Todavia, a exploração irracional das terras a montante, principalmente a extração de areia, assoreou o leito do lago. (Fonte: Instituto Estrada Real)

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